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"A papoila e o monge": Um livro cheio de silêncios

O escritor Pedro Mexia considera que «o silêncio é uma presença muito forte» em "A papoila e o monge" (ed. Assírio & Alvim), livro de "haikus" (poemas de três versos com origem no Japão) de José Tolentino Mendonça.

Na sessão de apresentação da mais recente obra do diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que decorreu esta quinta-feira, em Lisboa, no Centro Nacional de Cultura, o crítico literário afirmou que «muitos versos» do volume sublinham que «não se deve confundir o silêncio com o vazio».

Para Pedro Mexia, a depuração da poesia oriental adequa-se à «interioridade» dos poemas de um livro que tem a «capacidade de ultrapassar certas palavras e conceitos que perturbam o caminho», como a «constante utilização da palavra “solidão” no sentido positivo, o que foge ao seu uso comum».

O volume, que resulta de uma viagem ao Japão organizada pelo Centro Nacional de Cultura (CNC), propõe «um percurso em que o ego se torna cada vez menos importante», o que liga os leitores à «experiência oriental», da qual estão «muito distantes».

Pedro Mexia concluiu a apresentação com a leitura de três "haikus":

«Muitas vezes Deus prefere
entrar em nossa casa
quando não estamos»

«A vida monástica
é uma forma de nudez
que não se envergonha de si»

«Coisas que não deixam rasto:
o relâmpago na noite
o voo das garças contra a neve»

A sessão, que começou com uma intervenção do diretor do CNC, Guilherme d'Oliveira Martins, prosseguiu com a leitura de haikus pelo ator e encenador Luís Miguel Cintra, e terminou com a palavra de José Tolentino Mendonça, que dedicou o livro às Monjas Dominicanas do Mosteiro do Lumiar, em Lisboa.

A viagem ao Japão foi também acompanhada pelo pintor José Guimarães, estando prevista a publicação de um livro que cruza as suas ilustrações com os "haikus" do sacerdote.

FotoVasco David (Assírio & Alvim), Pedro Mexia, José Tolentino Mendonça, Luís Miguel Cintra e Guilherme d'Oliveira Martins

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 29.11.13

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