Átrio dos Gentios, Vaticano II e Prémio Ratzinger de Teologia na nova edição do Observatório da Cultura
O número 18 do "Observatório da Cultura", publicação semestral do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, centra-se no Átrio dos Gentios, Concílio Vaticano II (1962-1965) e Prémio Ratzinger de Teologia de 2012.
Em “A flor do diálogo”, o presidente do Pontifício Conselho da Cultura, sublinha que «o encontro entre crentes e não crentes tem lugar quando se deixam para trás apologéticas ferozes e desmistificações devastadoras e se tira o manto cinzento da superficialidade e da indiferença, que sepulta a ânsia profunda de busca e, ao invés, se revelam as razões profundas da esperança do crente e da expectação do agnóstico».
O texto do cardeal D. Gianfranco Ravasi integra o livro “O Átrio dos Gentios” (ed. Paulinas), que vai ser apresentado este sábado em Braga, numa sessão marcada para as 10h00 no Museu Pio XII. O autor estará em Portugal nos dias 16 e 17 de novembro para participar no Átrio dos Gentios, plataforma da Igreja Católica para o diálogo entre crentes e não crentes.
No artigo “Igreja e Cultura” reproduz-se o discurso que o cardeal italiano Giacomo Lercaro (1891-1976) proferiu a 4 de novembro de 1964, em plena assembleia do Concílio Vaticano II, sobre um dos esquemas preparatórios daquela que viria a ser a constituição “Gaudium et spes”, sobre a relação dos católicos com o mundo.
«É preciso em toda a Igreja Católica um grande número de leigos teólogos empenhados ao nível científico no próprio coração da cultura sacra. Só então as instituições culturais da Igreja realizarão um renovamento adequado, toda a sua paideia se abrirá a uma nova dinâmica, o seu organon cultural conhecerá uma nova aurora, e todos, sacerdotes e leigos, serão formados de modo a compreender o mundo», afirmou o então arcebispo de Bolonha.
O "Observatório da Cultura" apresenta também a visão da Europa de Rémi Brague, nascido em Paris no ano de 1947, especialista em Filosofia Árabe e Judaica e que desde 2009 é membro da Academia Católica de França e foi, no mesmo ano, eleito para a Academia de Ciências Morais e Políticas. Em 20 de outubro deste ano recebeu das mãos do papa Bento XVI o Prémio Ratzinger de Teologia.
«As outras civilizações procuram regressar às suas próprias fontes, à restituição de uma pureza primitiva. A Europa, por seu lado, vai para além de si mesma. É o que eu chamo, no sistema de conceitos, um renascimento. O que é próprio dos renascimentos europeus é a procura, fora da Europa, de elementos com que se alimentarem», declarou ao jornalista António Marujo, numa entrevista que reproduzimos na íntegra.
Os três textos vão ser disponibilizados esta semana no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, na secção “Observatório da Cultura”.
© SNPC | 12.11.12









