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Bispo da Guarda recorda que são as pessoas que devem preocupar os padres, e não automóveis caros ou «máquinas sofisticadas»

O bispo da Guarda lembrou na missa da noite de Natal os apelos que o papa Francisco tem dirigido aos sacerdotes, tendo pedido aos padres da diocese que se desprendam dos bens materiais e sejam coerentes com o Evangelho.

«Concretamente aos sacerdotes, o Papa pede-nos autenticidade cada vez maior no exercício do ministério que nos está confiado. Pede-nos sinais claros de que queremos fazer, de verdade, opção pelos mais pobres», vincou D. Manuel Felício na homilia, transcrita no site da diocese.

«[Francisco] pede-nos gestos proféticos na relação com os bens materiais, e vai ao ponto de nos dizer que bens de consumo como automóveis de top de gama ou máquinas sofisticadas como “smartphones” não podem preocupar os ministros do Evangelho», acrescentou.

A «atenção» dos padres «tem de estar concentrada em interpretar da melhor maneira possível o rosto bondoso e misericordioso de Deus para com todos, especialmente os que mais precisam».

«Particularmente em horas de crise como aquela que a sociedade está a atravessar, em que há muitas pessoas a sofrer por falta do essencial, sentimos a urgência de renovar a nossa fidelidade ao que o Evangelho nos pede», o que implica «renovado empenho em assumir os gestos proféticos sugeridos pelo Evangelho», frisou.

Os sacerdotes, prosseguiu o prelado, devem ter sempre presente que «o mundo atual se sente no direito de exigir da Igreja, e particularmente dos que nela vivem a especial consagração, coerência com os princípios evangélicos que regulam as suas vidas».

Referindo-se ao «exemplo» do papa, que «interpela» o clero, o bispo da Guarda sublinhou que «a recusa formal de um certo estatuto de príncipe que tradicionalmente tem andado ligado à figura do sucessor de Pedro na cátedra romana» constitui uma «importante lição a aprender».

É neste sentido que se entende «a coragem» com que Francisco «desclassifica o hábito instalado de oferecer aos padres que de alguma maneira se distinguem títulos honoríficos, como de monsenhor e outros».

A «obrigação» dos padres é oferecer «acolhimento e muito acompanhamento» às pessoas, a par de «muita compreensão da realidade que elas são e das dificuldades que as afligem».

Estas prioridades conduziram o papa a acentuar que «o confessionário há de ser sempre distribuição da bondade e da misericórdia de Deus, e nunca uma qualquer “câmara de tortura”».

Os sacerdotes são chamados a serem acompanhados pela presença próxima de Deus, o que exige a «confissão frequente», assim como o «conforto e mesmo a correção» de quem regularmente os escuta na direcção espiritual.

«É este o nosso estatuto; o estatuto de quem decidiu colocar a sua vida inteiramente nas mãos de Deus e ficar à sua inteira disposição», realçou D. Manuel Felício.

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 26.12.13

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