A coleção de ícones orientais do Museu de Belas Artes de Paris
Após a queda do Império Bizantino, ocorrida em 1453 com a tomada de Constantinopla pelos Otomanos, a produção de ícones não parou. Nos antigos países do Império e nas regiões da periferia, nomeadamente Grécia e Balcãs, as Igrejas e os fiéis das comunidades cristãs ortodoxas continuaram a requisitá-los.
Estas pinturas sobre madeira e fundo dourado, representando Cristo, a Virgem ou santos, eram indispensáveis à prática da fé. Novos espaços de produção viram o dia, como em Creta, onde vários artistas de Constantinopla se refugiaram. A Rússia, por seu lado, tornou-se a nova potência guardiã da herança ortodoxa.
A coleção de mais de 70 ícones foi legada ao Petit Palais - Museu de Belas Artes de Paris por Roger Cabal, industrial de origem argelina. Apaixonado pela arte ortodoxa, começou a constituir nos anos 60 uma coleção de ícones pós-bizantinos variada em temas e origens geográficas.
A doação permitiu ao museu deter atualmente a mais rica das coleções públicas francesas no domínio dos ícones orientais.
A criação do mundo
Anónimo
Rússia central
Fim do séc. XVIII
Natividade
Anónimo
Creta ou Veneza
Entre 1480-1500
A Mãe de Deus, montanha inviolada
Anónimo
Novgorod
Século XVI, início
A dormição da Virgem
Anónimo
Macedónia
Séc. XVI
Arcanjo Miguel e Arcanjo Gabriel
Anónimo
Norte da Rússia
Séc. XVII, segunda metade
S. João Batista
Anónimo
Moscovo
Fim do séc. XVI
S. Martinho
Anónimo
Creta ou Veneza
C. 1500
Em Ti rejubilam
Franghias Kavertsas
Creta
Séc. XVII, primeira metade
Os 40 mártires de Sebaste
Nikitarea
Bulgária
Séc. XVIII, início
Trono da Virgem com o Menino
Anónimo
Constantinopla
Século X, 2.ª metade
Texto: Narthex / Petit Palais
Imagens: Petit Palais
16.01.14
Petit Palais
Museu de Belas Artes de Paris