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Gérard Depardieu lê "Confissões", de Santo Agostinho, em Lisboa

Gérard Depardieu, ator natural de França (n. 1948) vai ler no dia 17 de novembro, em Lisboa, excertos da obra "Confissões", de Santo Agostinho, no âmbito da sua participação no Lisbon & Estoril Film Festival.

Segundo a organização do evento que se realiza de 8 a 18 de novembro, a sessão de leitura decorre na sala 4 do cinema Monumental, às 17h30 (horário «sujeito a confirmação»).

Remonta ao Jubileu do ano 2000, em Roma, a leitura, por parte de Depardieu, de um dos mais importantes escritos do Doutor da Igreja e bispo de Hipona (354-430), onde, entre outros passos, narra a sua conversão.

«Quis ir em peregrinação porque sempre admirei muito João Paulo II. Colocaram-se entre os cardeais e apresentaram-me ao Santo Padre. Ele olhou para mim e exclamou, dirigindo-se aos cardeais que o rodeavam: "Agostinho! Tendes de falar-lhe de Agostinho", contou o ator em entrevista ao jornal francês "La Croix".

O cardeal Paul Poupard, que ao tempo era o presidente do Pontifício Conselho da Cultura, quis que Depardieu fizesse um filme sobre Agostinho, mas aquele afastou a ideia porque não conhecia nada da obra do santo.

FotoGérard Depardieu lê as "Confissões" na catedral de Notre Dame, em Paris (2003)

«Aconselhou-me que começasse com as "Confissões". Ao início a leitura não me foi fácil, mas as palavras de Agostinho cativaram-me. A sua reflexão pareceu-me sublime e remeteu-me a mim mesmo, ao meu itinerário pessoal. Entre os 15 e os 17 anos não sabia explicar-me, não era capaz de falar por causa de uma hiperreatividade patológica. Só graças às palavras dos outros, dos escritores, consegui sossegar-me», afirmou.

Conhecido pela interpretação em "Cyrano de Bergerac", uma das mais de 160 películas em que participou, Depardieu explicou que rejeitou a ideia do filme porque «a imagem fixa», enquanto que «as palavras de Agostinho e o que deixam entender» oferecem «toda a sua verdadeira dimensão».

«Os livros X e XI das "Confissões" oferecem respostas às nossas perguntas mais íntimas e acalmas as nossas interrogações mais dolorosas», sublinhou o ator que recentemente obteve a nacionalidade russa.

O livro suscitou em Depardieu o desejo de encontrar uma forma de o partilhar: «Imaginei um lugar onde as pessoas se recolhem: igreja, templo, mesquita, sinagoga. Acender quatro velas que se consomem em 45 minutos - Molière calculava a duração das suas comédias conforme a duração das velas -, colocar-me sem qualquer montagem, simplesmente anunciando uma leitura à porta da igreja».

 

 

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 10.11.13

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Gérard Depardieu
Foto: SIPA

 

 

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