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Luís Miguel Cintra e Isabel Abreu distinguidos com Globos de Ouro

Luís Miguel Cintra e Isabel Abreu distinguidos com Globos de Ouro

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O encenador Luís Miguel Cintra, que a 3 de junho recebe o prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes, atribuído pela Igreja católica, e a atriz Isabel Abreu, protagonista de "Um diário de preces", de Flannery O'Connor, foram distinguidos este domingo, em Lisboa, na 22.ª edição dos Globos de Ouro.

Luís Miguel Cintra, premiado por ter encenado "Música", considerada "a melhor peça de 2016", começou por sublinhar, ao subir ao palco, que «sozinho, um não faz nada no teatro».

«Não foi a minha pessoa que foi premiada com este espetáculo», «é uma casa inteira a funcionar», declarou, acrescentando que «há alguma coisa de profundamente errado e de bastardo na atribuição do melhor espetáculo à figura do encenador. Não é só modéstia, é verdade».

Luís Miguel Cintra lembrou que «o coletivo» responsável pela peça «já não existe», referindo-se à extinção da Cornucópia, decidida no fim de 2016, companhia que «só pode viver subsidiada pelo Estado, e o Estado não consegue suprir as necessidades que o coletivo precisava para trabalhar».

«Fico contentíssimo que na nomeação para as melhores atrizes de teatro [nos Globos de Ouro deste ano] estejam duas pessoas que participaram no espetáculo "Música", de idades completamente diferentes», assinalou.



«Este espetáculo foi realmente para mim um milagre», declarou Isabel Abreu sobre aquele que é o «relato de uma aventura interior, o tracejado de um espírito interrogador perante o poder da oração e o sentido do Absoluto»



Luísa Cruz «é uma veterana, é o exemplo máximo de como o trabalho com os atores foi uma coisa fantástica, e tem sido para mim um prazer enormíssimo, um presente, autêntico, uma grande dádiva que tenho recebido no trabalho destes últimos anos ver surgir novos atores com um grau de exigência, capacidade de trabalho e talento; a Rita Cabaço é um exemplo disso».

«Muito obrigado à televisão por uma vez prestar homenagem ao teatro», concluiu Luís Miguel Cintra, aludindo à SIC, que promove os Globos de Ouro, em parceria com a revista "Caras".

Exibida de 22 de setembro a 9 de outubro de 2016, no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, a peça, escrita pelo alemão Frank Wedekind em 1906, parte da «história verdadeira a de um professor de música que engravidou a sua aluna de canto Klara e a levou a abortar».

Isabel Abreu foi distinguida com o prémio de melhor atriz pela interpretação a solo em "Um diário de preces", encenação de Miguel Loureiro baseada em texto com o mesmo nome da norte-americana Flannery O'Connor, descoberto em 2013. 

«Este espetáculo foi realmente para mim um milagre; foram conversas com Deus mas eu achei que não o ia conseguir fazer. Foi superdifícil, estava com muito trabalho, e só consegui graças à equipa que tive ao meu lado», afirmou a atriz, que dedicou o Globo de Ouro aos filhos.

"Um diário de preces", «relato de uma aventura interior, o tracejado de um espírito interrogador perante o poder da oração e o sentido do Absoluto», foi apresentado de 22 a 25 de setembro de 2016 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e a 18 de dezembro na capela do Rato, igualmente na capital.

A entrega do prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes a Luís Miguel Cintra está marcada para 3 de junho, às 16h30, em Fátima, no encerramento da 13.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura.



 

SNPC
Publicado em 22.05.2017 | Atualizado em 24.04.2023

 

 
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