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Igreja cuida, mesmo quando não consegue curar, sublinha papa na mensagem para Dia Mundial do Doente

Igreja cuida, mesmo quando não consegue curar, sublinha papa na mensagem para Dia Mundial do Doente

Imagem LightField Studios/Bigstock.com

O papa considera que a Igreja «procura cuidar, mesmo quando não é capaz de curar» e adverte «os hospitais os hospitais católicos do risco duma mentalidade empresarial, que em todo o mundo quer colocar o tratamento da saúde no contexto do mercado, acabando por descartar os pobres».

As palavras de Francisco estão contidas na mensagem para o próximo Dia Mundial do Doente, que na sua 26.ª edição se assinala a 11 de fevereiro de 2018, baseando-se nas palavras que Jesus, na cruz, dirigiu a Maria e ao apóstolo João: «“Eis o teu filho! (…) Eis a tua mãe!” E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua» (João 19, 26-27).

«A imagem da Igreja como “hospital de campo”, acolhedora de todos os que são feridos pela vida, é uma realidade muito concreta, porque, nalgumas partes do mundo, os hospitais dos missionários e das dioceses são os únicos que fornecem os cuidados necessários à população», considera o papa.

A presença dos pobres, o respeito pela dignidade do doente e a sua colocação «no centro do processo do tratamento» são orientações a assumir «também pelos cristãos que trabalham nas estruturas públicas, onde são chamados a dar, através do seu serviço, bom testemunho do Evangelho».

Os governos, por seu lado, são recordados de que «os cuidados prestados em família são um testemunho extraordinário de amor pela pessoa humana e devem ser apoiados com o reconhecimento devido e políticas adequadas».



Do passado deve aprender-se «a generosidade até ao sacrifício total de muitos fundadores de institutos ao serviço dos enfermos; a criatividade, sugerida pela caridade, de muitas iniciativas empreendidas ao longo dos séculos; o empenho na pesquisa científica»



A «série riquíssima de iniciativas» ao longo de dois mil anos da Igreja «continua ainda hoje, em todo o mundo», na sequência da sua «vocação materna» para com as pessoas necessitadas e os doentes, refere o texto, publicado hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

«Nos países onde os sistemas de saúde são insuficientes ou inexistentes, a Igreja esforça-se por oferecer às pessoas o máximo possível de cuidados da saúde, por eliminar a mortalidade infantil e debelar algumas pandemias», recorda Francisco.

Já nos estados onde o serviço público é suficiente, «o trabalho das congregações católicas, das dioceses e dos seus hospitais, além de fornecer cuidados médicos de qualidade, procura colocar a pessoa humana no centro do processo terapêutico e desenvolve a pesquisa científica no respeito da vida e dos valores morais cristãos».

Do passado deve aprender-se «a generosidade até ao sacrifício total de muitos fundadores de institutos ao serviço dos enfermos; a criatividade, sugerida pela caridade, de muitas iniciativas empreendidas ao longo dos séculos; o empenho na pesquisa científica, para oferecer aos doentes cuidados inovadores e fiáveis. Esta herança do passado ajuda a projetar bem o futuro».

«A Igreja sabe que precisa duma graça especial para conseguir fazer frente ao seu serviço evangélico de cuidar dos doentes. Por isso, unamo-nos todos numa súplica insistente elevada à Mãe do Senhor, para que cada membro da Igreja viva com amor a vocação ao serviço da vida e da saúde», apela Francisco.

«A Virgem Maria interceda por este 26.º Dia Mundial do Doente, ajude as pessoas doentes a viverem o seu sofrimento em comunhão com o Senhor Jesus, e ampare aqueles que cuidam delas», conclui o papa.



 

SNPC
Publicado em 11.12.2017

 

 

 
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