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IndieLisboa: Igreja católica renova apoio ao cinema português

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Imagem IndieLisboa | D.R.

A Igreja católica, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, marca de novo presença no IndieLisboa, festival internacional e generalista, que começa esta quarta-feira, apoiando o cinema de realizadores portugueses.

O prémio Árvore da Vida, no valor de dois mil euros, será atribuído a um dos filmes selecionados pela organização para a competição nacional, formada pela primeira vez por seis longas metragens e 18 curtas metragens, «o maior contingente de sempre».

"Amor amor", primeira longa de Jorge Cramez (ficção, 2017, 107'), é uma «comédia dramática de enganos, com um jogo de atores incrível». «Tudo se passa num único dia, o último do ano. No dia seguinte, é possível a mudança», lê-se na sinopse.

«A montanha vulcânica e as festividades da Ilha do Pico são o pano de fundo para "Coração negro", de Rosa Coutinho Cabral (ficção, 2017, 105'). A cineasta «faz um filme que se despede tenuemente da vida, entre silêncios e sentimentos que se esfumam».

Com "Dia 32" (documentário, 2017, 90'), André Valentim Almeida «prossegue o registo itinerante e íntimo do filme diário e do documentário na sua vertente mais ensaística», apresentando aqui «um "road movie" pessoal sobre as questões do aquecimento global e das alterações climáticas».



O júri do prémio Árvore da Vida, composto por Inês Gil, Margarida Avillez Ataíde, ambas do Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, e pela primeira vez por Paulo Pires do Vale, professor, ensaísta e curador, entregará o galardão principal a uma obra que privilegie valores espirituais e humanistas



Nova primeira longa metragem, "Encontro silencioso", é levada ao Indie por Miguel Clara Vasconcelos (ficção, 2017, 83'), retratando o universo das praxes académicas. A obra «procura, na mitologia tradicional, uma leitura para a contemporaneidade», tentando compreender a herança histórica e o presente político português.

«O músico The Legendary Tigerman (Paulo Furtado), a fotógrafa Rita Lino e o realizador Pedro Maia embarcaram numa viagem pelo deserto californiano e o resultado é "Fade into nothing» (ficção, 2017, 70'). O filme é a «antecâmara cinemática» do novo álbum do compositor, que será editado em setembro.

Susana de Sousa Dias continua a revisitar os arquivos do Estado Novo: "Luz obscura" (documentário, 2017, 75') mostra fotografias tiradas pela PIDE aos presos políticos e ouve «testemunhos de familiares de comunistas assassinados, explicando como se viram arrastados para processos de humilhação».

As curtas metragens da competição nacional serão, como habitualmente, exibidas agrupadamente. Para o primeiro conjunto foram selecionadas "De madrugada" (Inês de Lima Torres, Portugal, ficção, 2017, 30'), "Ubi sunt" (Salomé Lamas, ficção/documentário, 2017, 23'), "Antão, o invisível" (Maya Kosa, Sergio da Costa, Suíça/Portugal, documentário, 2017, 16'), "Limoeiro" (Joana Silva, Portugal/Reino Unido, animação, 2016, 5') e "O turno da noite" (Hugo Pedro, ficção, 2017, 26').



De um total de 4250 filmes recebidos, o IndieLisboa seleccionou 296 (94 longas e 202 curtas metragens), dos quais 45 portugueses (12 longas e 33 curtas) para as várias secções



"Miragem meus putos" (Diogo Baldaia, ficção, 2017, 24'), "Semente exterminadora" (Pedro Neves Marques, Portugal/Brasil, ficção, 2017, 26'), "Um campo de aviação" (Joana Pimenta, Portugal/Brasil/EUA, documentário, 2016, 14') e "Flores" (Jorge Jácome, ficção, 2017, 26') compõem a segunda parte das curtas em competição.

Na terceira coleção são exibidas "From Vincent's house in the borinage" (José Fernandes, Portugal/Bélgica, documentário, 2016, 17') "O homem de Trás-os-Montes" (Miguel Moraes Cabral, Portugal, ficção, 2017, 29'), "Na cinza fica calor" (Mónica Martins Nunes, Alemanha/Portugal/Cabo Verde, documentário/experimental, 2016, 21') e "Nyo Vweta Nafta" (Ico Costa, Portugal/Moçambique, ficção, 2017, 21').

Na quarta e última secção de curtas estão presentes "Circus" (André Ruivo, animação, 2017, 10'), "O caso J" (José Filipe Costa, ficção, 2017, 20'), "Tudo o que imagino" (Leonor Noivo, Portugal, ficção, 2017, 30'), "Cidade pequena" (Diogo Costa Amarante, ficção/documentário/experimental, 2016, 19') e "Num globo de neve" (André Gil Mata, documentário, 2017, 10').

O júri do prémio Árvore da Vida, composto por Inês Gil, Margarida Avillez Ataíde, ambas do Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, e pela primeira vez por Paulo Pires do Vale, professor, ensaísta e curador, entregará o galardão principal a uma obra que privilegie valores espirituais e humanistas, podendo também atribuir uma menção honrosa.

Na sessão de abertura do festival, marcada para quarta-feira, é exibido o filme "Colo", de Teresa Villaverde, que nas palavras da organização é «um retrato do Portugal contemporâneo com distância, memória e recuo relativamente às contingências do dia a dia».

De um total de 4250 filmes recebidos, o IndieLisboa seleccionou 296 (94 longas e 202 curtas metragens), dos quais 45 portugueses (12 longas e 33 curtas) para as várias secções do festival, que este ano homenageia o francês Paul Vecchiali e o americano Jem Cohen.

A cerimónia de entrega dos prémios realiza-se na Culturgest, na noite de 13 de maio, véspera do encerramento da 14.ª edição do festival.



 

SNPC
Publicado em 03.05.2017

 

 

 
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