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João XXIII e João Paulo II nas novidades da Lucerna

"«João Paulo II e Portugal", de José Carvalho, "João Paulo II, homem de oração", de Clare Anderson e Joanna Bogle, "O bom papa", de Greg Tobin, e "A alegria de uma pertença», do cardeal Godfried Danneels, constituem algumas das mais recentes novidades da Lucerna, chancela da Princípia Editora.

Por ocasião da canonização de João Paulo II, marcada para 27 de abril, no Vaticano, José Carvalho (192 pág., 24,95 €) recorda as visitas do papa Wojtyla a Portugal (1982, 1991 e 2000), os seus discursos e homilias, a par da devoção à Virgem de Fátima, bem como «as conversões de muitos que contactaram» com o pontífice polaco.

«Neste livro revelamos a memória ilustrada desses dias inesquecíveis que fazem parte integrante da nossa história de crentes e de portugueses. Ele foi escrito a pensar em todos os portugueses, que desta forma são convidados a recordar o Papa Wojtyla de quem tantos guardam tanta saudade», explica a sinopse do volume.

O autor lembra que «o primeiro gesto de atenção do papa relacionado com os portugueses ocorreu sete meses após a sua eleição, quando visitou a igreja de Santo António dos Portugueses em Roma».

«Ali, recebido pelo então cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, enalteceu a nação de "cristãos atrevimentos", cuja obra evangelizadora "constitui uma das mais lídimas glórias" e lembrou-a como a "Terra de Santa Maria" que fez de Nossa Senhora "Rainha de Portugal".»

Para Marcelo Rebelo de Sousa, que assina o prefácio, este livro «representa uma convergência de fé e razão, no tratamento de uma personalidade ímpar nas últimas décadas do século XX e no início do século XXI», ao desenvolver «com pormenor e inteligência» o relacionamento de João Paulo II com Portugal.

Clare Anderson e Joanna Bogle, autores da biografia "João Paulo II - Homem de oração" (152 pág., 9,95 €), sublinham a «fé» e «coragem diárias e persistentes», manifestadas, por exemplo, a seguir ao atentado que sofreu em 1981, na Praça de S. Pedro.

«Deitado na cama do hospital a recuperar dos tiros que quase o tinham morto, João Paulo II pediu que lhe trouxessem os documentos de Fátima dos arquivos do Vaticano. Entre eles  figurava o do famoso "Terceiro Segredo", o último documento que ainda não tinha sido tornado público.»

«O seu conteúdo deve tê-lo abalado consideravelmente: revelava que as crianças tinham tido a visão de um "bispo vestido de branco -tivemos a impressão de que era o Santo Padre», a ser atingido a tiro e a cair no chão, como clímax de uma visão de muitos mártires e de uma paisagem de sofrimento e ruínas dominada por uma grande cruz grosseira..»

«Entretanto, em 1982, um ano após a tentativa de assassinato, foi a Fátima e a bala que deveria ter posto fim à sua vida foi colocada na coroa da imagem de Nossa Senhora, onde encaixou perfeitamente. João Paulo II nunca teve nenhuma dúvida de que Maria tinha salvo a sua vida: "Uma mão disparou a bala, a outra guiou-a".»

"O bom papa - Criação de um santo e recriação da Igreja", de Greg Tobin (254 pág., 15,95 €), assume-se como uma biografia de João XXIII, que também será canonizado a 27 de abril, domingo após a Páscoa.

A vida de Angelo Roncalli continua a suscitar motivos de curiosidade, como aponta a sinopse: «Como foi que um sacerdote piedoso do campo, nascido no seio de uma família de humildes agricultores italianos, conseguiu atrair a tal ponto o mundo inconstante, secular e agitado do seu tempo, e com tão grandes força e eficácia desde o seu tempo até aos nossos dias? E operar tão significativas e necessárias mudanças na Igreja católica num pontificado de pouco menos de cinco anos?».

«Durante a vida do papa João XXIII - e sobretudo imediatamente após a sua morte por doença cancerosa a 3 de junho de 1963 - católicos socialistas italianos, jornalistas e diplomatas, protestantes, não-cristãos e descrentes de todo o mundo, homens e mulheres de todas as raças, classes e nações apelidaram-no de "bom"», salienta o autor.

«Para aqueles que o admiraram durante a sua vida pelos ensinamentos sobre a paz e pelo compromisso em abrir a sua Igreja milenar ao mundo moderno - para deixar entrar o ar e a luz e permitir que a mensagem profunda do Evangelho resplandecesse -, ele era uma personalidade única que irradiava uma aura de humildade, humor e santidade. O seu génio estava na disposição para introduzir o conceito de aggiornamento, ou atualização, para que a sua amada Igreja pudesse beneficiar de uma infusão de "ar fresco" vindo de «janelas» acabadas de abrir.»

Entre as novidades da Lucerna, inclui-se ainda "A alegria de uma pertença - Jesus, Igreja, sacramentos, missa" (152 pág., 9,50 €), que contém quatro textos do cardeal belga Godfried Daneels.

«Tratados de forma simples, estes temas aparecem aqui na sua beleza simultaneamente misteriosa e reveladora, suscitando em nós um desejo de mergulhar na fé e beber os seus tesouros. A inteligência do texto traduz em rasgos luminosos e clarividentes esses e outros temas de grande densidade e desperta-nos para a alegria de acreditar», destaca o resumo do volume.

No entender do autor, o mistério da Igreja é «simultaneamente luminoso e obscuro. Por um lado, é a candeia que se coloca «em cima do candelabro, e assim ilumina a todos os que estão em casa» (Mt 5, 15). Segundo os Padres da Igreja, ela «é a casa de madeira de cedro e cipreste imputrescível» que substituirá durante séculos (Orígenes), «a cintilante abóbada celeste onde, como tantas outras estrelas, o santos cantam o louvor de Deus» (Alian de Lille)».

«Mas a Igreja tem também uma face negra, um lado que não se presta a tanto lirismo. O céu não se abre a quem não se sente atraído pelo Pai. Para esse há muitas pedras de tropeço no caminho que leva à Igreja. E o que para o não-crente representa um obstáculo real, para o crente é um teste. Mas é precisamente este teste que determina o grau de pureza da sua fé e permite fazê-la crescer.»

 

© SNPC | 17.04.14

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