O convento de Santo André, em Ponta Delgada, reabriu ao público em setembro de 2016 com duas exposições de longa duração que procuram valorizar o seu acervo histórico e também honrar a memória do edifício.
Os visitantes são convidados a percorrer o convento, reconhecendo os lugares de vivências religiosas como os parlatórios, o coro baixo, o coro alto, e outros, onde encontram peças e objetos de uso das clarissas, assim como outro espólio referente à vida conventual.
O imóvel foi fundado em 1567, por Diogo Vaz Carreiro e sua mulher Beatriz Rodrigues Camelo, e entregue definitivamente à ordem feminina de S. Francisco, em 1577. Foi o segundo convento de Clarissas a ser erigido em Ponta Delgada, depois do de Nossa Senhora da Esperança.
Na fachada da igreja, em pedra vulcânica, ao gosto dos séculos XVIII e XIX, sobressaem as janelas setecentistas, e no interior, de nave única, as paredes laterais e o teto abobadado apresentam pinturas a fresco, executadas em 1820, sendo da mesma época os altares e o púlpito de talha dourada.
Trata-se de um dos mais belos exemplares de arquitetura conventual de Ponta Delgada, evocando o seu primeiro padroeiro, tendo sofrido várias alterações ao longo dos séculos. Em 1930 foi adquirido pelo Estado, acolhendo o Museu Carlos Machado.