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Nova biografia de Santo António: «Por onde passa, entusiasma»

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Nova biografia de Santo António: «Por onde passa, entusiasma»

As Edições São Paulo (Itália) lançaram recentemente o livro "Sant'Antonio di Padova - Dove passa, entusiasma" ("Santo António de Pádua - Por onde passa, entusiasma"), do jornalista Domenico Agasso jr.

Dividido em três secções - vida, mensagem e atualidade de Santo António, o volume percorre as etapas principais da vida do religioso franciscano português, dando «testemunho da sua capacidade de fazer apaixonar as pessoas por Deus», refere a nota de apresentação.

Apresentamos um excerto da obra, extraída da página "Vatican Insider", em que o autor colabora.

 

Santo António de Pádua
Domenico Agasso jr.


Aos homens e às mulheres, mas sobretudo aos jovens do século XXI, António ensina em particular a não ficarem demasiado ligados ao passado, a não serem escravos dos seus aspetos negativos ou, ao contrário, das suas mistificações. A não viverem de nostalgia. E, sobretudo, a não gastarem demasiado tempo em arrependimentos e remorsos.

Convida-os a ter em conta os erros cometidos, mas sobretudo a dedicar o tempo presente a procurar e a usufruir das verdadeiras alegrias, que se encontram exclusivamente seguindo Jesus, vivendo como cristãos e, portanto, com simplicidade, mansidão, humildade e generosidade.

E depois a reforçar o desejo de futuro. A serem "esfomeados" e "sedentos" de futuro. António exorta os jovens a sonhar em grande. E a quem experimenta na sua própria pele as contrariedades e fadigas deste mundo cheio de injustiças, aconselha a concentrar-se bem nos aspetos belos e encorajadores que o Filho de Deus permite saborear, se se tem a vontade de o conhecer.

Não serve de nada ter pena de si próprio. O frade português transmite que, ao invés, é preciso bater-se para pedir ao mundo que seja posto à prova, que possa conhecer também os lados mais difíceis, tristes e espinhosos da existência. Só assim não se ficará para sempre fraco, acerbo e imaturo. Não se deixe de procurar ocasiões para aprender, mesmo que tal implique errar e exija correção.

Com efeito, Santo António impele a que se tenha em conta as alcançáveis vitórias na vida que sejam fruto de percursos longos e extenuantes, e não de lampejos do acaso. E, sobretudo, que não há vitória se não se está em nome e por conta de Deus. Porque mais cedo ou mais tarde se descobre que muitas vitórias são aparentes, imaginárias, vazias, frágeis e precárias, especialmente se são cómodas e imediatas.

O único verdadeiro sucesso, triunfal, é saber fundar o tempo da vida na Palavra de Deus. E para isso, para chegar à vitória final, que será o encontro eterno com o Senhor, é preciso construí-la com paciência, continuidade, constância, tenacidade e determinação.

É necessário tornar-se consciente das próprias qualidades e dos próprios limites, procurando melhorar tudo o que se pode melhorar em si próprio. E depois preparar-se para as quedas, porque elas chegarão, mais cedo ou mais tarde, e é nesse ponto que se percebe se se têm as forças para voltar a levantar-se e para discernir o que Deus quer de nós.

Compreender o projeto de Deus sobre si próprio é o objetivo pelo qual nos levantamos de manhã, apregoaria António aos jovens de toda a Terra. E seja qual for o projeto específico sobre cada um, certamente é composto pela oração, por palavras e obras unidas entre elas. Não basta, com efeito, recitar o Credo se não se age concretamente para difundir a Palavra de Deus através das ações, que devem ser principalmente de caridade e solidariedade.

Jesus ensina-o: no centro da obra cristã estão os pobres, os sofredores, os últimos, os marginalizados, os necessitados. Ao mesmo tempo, não bastam as obras se não são realizadas para testemunhar a presença do Senhor e fundadas sobre a oração constante e intensa. Oração, palavras e obras, precisamente.

Por isso é preciso não se ser indolente. Nem pessimista. Trabalhar duramente. Ser honesto e também alegre. Amar e ajudar o próximo. Ter confiança nos outros. E antes de tudo, e sobretudo, ter fé em Jesus Cristo, que é o sentido da vida. Palavra de Santo António de Pádua.

 

Trad.: Rui Jorge Martins
Publicado em 21.12.2014

 

 

 
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Não serve de nada ter pena de si próprio. O frade português transmite que, ao invés, é preciso bater-se para pedir ao mundo que seja posto à prova, que possa conhecer também os lados mais difíceis, tristes e espinhosos da existência. Só assim não se ficará para sempre fraco, acerbo e imaturo
É preciso não se ser indolente. Nem pessimista. Trabalhar duramente. Ser honesto e também alegre. Amar e ajudar o próximo. Ter confiança nos outros. E antes de tudo, e sobretudo, ter fé em Jesus Cristo, que é o sentido da vida
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