«Como orar? Como rezar num contexto onde não há tempo, falta a serenidade interior e tudo parece vertiginoso, instável e pouco credível? Ensina-se e aprende-se a orar ou não? Está sujeita a uma estrutura fixada ou pode e deve ser criativa como a vida? É preciso a Bíblia ou pode rezar-se com outras mediações?»
Estas são algumas das interrogações a que vai procurar responder o “Workshop sobre oração e seguimento de Jesus”, que começa esta segunda-feira, 17 de novembro, na paróquia de S. Tomás de Aquino, em Lisboa.
“Oração e seguimento de Jesus”, com o padre Nélio Pita, CM, pároco da comunidade que acolhe as oficinas, é o primeiro dos temas de um programa composto por sessões mensais, com entrada livre e sem necessidade de inscrição, que contam com a intervenção de leigos e religiosos.
Nas sessões seguintes debater-se-ão “As várias formas de oração” (Armindo Vaz, ocd, 15 de dezembro), “Orar com textos e sem eles” (Miguel Villa de Freitas, Maria Athayde de Tavares, 12 de janeiro) e “Oração e itinerário interior” (Teresa Messias, 9 de fevereiro).
Os encontros prosseguem com “O discernimento de espíritos e o acompanhamento espiritual” (P. Domingos de Freitas, sj, 9 de março) e “Oração e testemunho de vida: a contemplação na ação (Paulo Paiva, Miguel Caldeira Coelho, 20 de abril).
«Seguir Jesus é o resultado de um encontro interpelante, é uma relação que se vai construindo: a sós com Ele e em grupo é um processo de sedução, risco, ternura, dor, com e perda, linguagem, símbolo e silêncio, vida e morte. É entrega feita num corpo que escuta e se diz, descobrindo-se habitado por um mistério que precede, habita e transcende o interior da nossa própria consciência», lê-se na apresentação da iniciativa.
Teresa Messias, coordenadora da Comunidade de Oração e Vida, que assina a nota de apresentação, prossegue, questionando: «Como sintonizar com tal mistério? Como abrir as várias camadas da consciência, da riqueza e pobreza que somos à presença iluminante e amorosa de Cristo que nos revela a nossa própria identidade? Como reconhecer Jesus em nós e no outro, na comunidade, no que se diz descrente, na Igreja, na situação pessoal que vivo?».
Os encontros começam sempre às 21h30.
Rui Jorge Martins