O papa anunciou hoje, no Vaticano, que será publicada hoje uma mensagem «aos católicos chineses e a toda a Igreja universal uma mensagem de encorajamento fraterno» a propósito do acordo provisório assinado este sábado em Pequim entre a Santa Sé e a China.
«O acordo é fruto de um longo e ponderado caminho de diálogo, tendente a favorecer uma colaboração mais positiva entre a Santa Sé e as autoridades chinesas para o bem da comunidade católica na China e para a harmonia de toda a sociedade», apontou.
Na audiência geral, Francisco expressou o desejo de que «na China se possa abrir uma nova fase, que ajude a sanar as feridas do passado, a restabelecer e a manter a plena comunhão de todos os católicos chineses e a assumir com renovado empenho o anúncio do Evangelho».
«Queridos irmãos e irmãs, temos uma tarefa importante: somos chamados a acompanhar com fervorosa oração e com fraterna amizade os nossos irmãos e irmãs na China. Eles sabem que não estão sós. Toda a Igreja ora com eles e por eles», acentuou o papa, que pediu a Deus «o dom da prosperidade e da paz» para todo o povo chinês.
Antes deste anúncio, Francisco sublinhou que «mesmo onde a secularização é mais forte, Deus fala com a linguagem do amor, do cuidado, do serviço gratuito a quem está em necessidade».
«E então os corações abrem-se e acontecem milagres: nos desertos brota vida nova», assinalou Francisco na intervenção, em que passou em revista a viagem que realizou, entre sábado e ontem, à Letónia, Lituânia e Estónia, por ocasião dos 100 anos da sua independência.
A missão que o papa assumiu, na sequência da visita do papa S. João Paulo II aos estados bálticos, privilegiando a «dimensão ecuménica», foi a de «anunciar novamente a esses povos a alegria do Evangelho e a revolução da misericórdia, da ternura, porque a liberdade não chega para dar sentido e plenitude à vida sem o amor, o amor que vem de Deus».
«O Evangelho, que no tempo da provação dá força e anima a luta pela libertação, no tempo da liberdade é luz para o caminho diário das pessoas, das famílias, das sociedades e é sal que dá sabor à vida habitual e a preserva da corrupção da mediocridade e dos egoísmos», frisou.