Lars Germard | D.R.
O bispo católico Anders Arbolerius e a arcebispa luterana Antje Jackelén ofereceram hoje ao papa um ícone de S. Francisco de Assis, durante a audiência geral realizada na Praça de S. Pedro, no Vaticano.
O prelado da diocese de Estocolmo, o primeiro católico sueco desde Lutero a ser criado cardeal, no próximo dia 28, em Roma, e a responsável pela arquidiocese de Uppsala e primaz da Igreja da Suécia presentearam Francisco com uma pintura do artista católico sueco Lars Gerdmar, revela a agência Zenit.
«S. Francisco é uma figura que liga todos os cristãos porque tem os símbolos que nos unem: o Cristo pobre, a reforma da Igreja, a natureza. Foi um presente comum para realçar a vontade de avançar para a unidade e sobretudo para agradecer ao papa - visto que não tivemos maneira de o fazer antes - a sua visita no ano passado, que foi um grande encorajamento», declarou o bispo católico ao "Vatican Insider".
Anders Arbolerius, religioso carmelita, observou que «a Igreja católica na Suécia aumenta a quantidade dos seus filhos por causa da conversão e da imigração católica», acrescentando que algumas pessoas também se convertem depois do casamento com esposas imigrantes católicas. Ao todo, os católicos são 2% da população.
A arcebispa, por seu lado, acentuou que a declaração conjunta sobre a justificação, assinada pela Igrejas católica e luterana «foi uma pedra angular no caminho para a unidade dos cristãos».
«Há muito trabalho a fazer, e não por acaso na visita a Lund o bispo Arbolerius e eu mesma perguntámo-nos quando acontecerá o momento em que luteranos e católicos poderão celebrar a Eucaristia juntos», referiu Antje Jackelén.
Lars Gerdmar explicou que o ícone foi pintado em 2016, por encomenda das Igrejas católica e luterana, «como presente comum, de valor ecuménico, para o papa Francisco como sinal de gratidão pela sua visita à Suécia», no contexto dos 500 anos da Reforma protestante.
Para o artista o ícone evoca a «vitória da ecologia e da misericórdia» sobre «o mal e a pobreza», realçando que S. Francisco, na pintura retratado diante da pequena igreja de S. Damião, continua a ser um farol que mostra o caminho certo a seguir.
Lars Germard | D.R.