Prémio de Cultura Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes
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Prémio Árvore da Vida 2013

«Portugal não pode continuar a desperdiçar o melhor que tem, que são os jovens», diz Roberto Carneiro

Roberto Carneiro, distinguido pela Igreja Católica com o Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes 2013, afirmou esta sexta-feira que Portugal «não pode continuar a desperdiçar o melhor que tem, que são os jovens».

Convidado a comentar o estado atual do ensino público, o antigo ministro da Educação declarou ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura que é urgente «apostar na empregabilidade».

«Não podemos continuar a ter 40 ou 50% dos jovens sem emprego. É um desperdício enorme de capital humano. O país investe neles, e eles vão beneficiar as economias de outras sociedades. Temos de arranjar maneira de estes jovens serem úteis e produtivos no seu país», frisou.

Referindo-se à emigração de jovens que não conseguem o trabalho que pretendem em Portugal, o docente universitário defendeu que «a mobilidade é boa», desde que seja por opção: «Ser obrigado a ir para o estrangeiro para ganhar a vida, é muito diferente disso. Defendo uma mobilidade por liberdade, e não por coação».

A aposta no sistema educativo deve continuar «sem esmorecer»: «Investimos muito na educação nos últimos anos. Recuperámos em três ou quatro décadas o que não fizemos em dois séculos. Mas precisamos de continuar a investir porque ainda estamos muito atrasados».

O reforço da «qualidade» do ensino, ao nível da «formação dos professores, dos currículos e das relações humanas», bem como da «quantidade», dado que Portugal tem «uma proporção muito pequena de alunos que chega ao fim do 12.º ano», são algumas das prioridades que os governos devem assumir, assinalou.

O anúncio da personalidade escolhida para receber o Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes, que a Igreja Católica criou há nove anos para distinguir um percurso ou obra que refletem o Humanismo e a experiência cristã, foi recebido «com grande respeito e humildade» por parte de Roberto Carneiro.

«Perante um prémio com o nome do padre Manuel Antunes, um grande mestre por quem tenho grande admiração e que citei várias vezes em obras minhas, sinto-me muito pequenino e muito pouco merecedor», afirmou.

«Naturalmente que não ando com um carimbo na testa a dizer que sou cristão, mas tento respeitar, com fidelidade, os valores que a Igreja Católica defende», disse ao falar da «paixão» com que há 45 anos se dedica à educação, cultura e cidadania.

A inviolabilidade da dignidade da todo o ser humano e a defesa da liberdade religiosa, com a abertura do ensino público às principais confissões, dando-lhes o relevo proporcional a cada uma, foram algumas das lutas que Roberto Carneiro recorda enquanto governante e investigador.

O diretor do Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP), unidade de investigação da Universidade Católica Portuguesa que dirige há quase três décadas, salientou que «a Igreja fala especialmente nos pontos em que há intersecções de culturas».

«Os emigrantes, por exemplo, não são cidadãos de segunda categoria. Têm de ser respeitados na sua cultura, na sua forma de rezar, proceder e pensar. Nós precisamos deles, como eles precisam de nós», vincou.

Para Roberto Carneiro, «é da abertura e do encontro entre diferenças que nasce a criatividade e a fecundidade»: «Temos uma grande oportunidade de nos repensarmos perante o outro. Todos somos incompletos, e por isso é fundamental descobrir no outro a metade de nós próprios».

O prémio, no valor de 2500 euros, financiado pela Renascença, a que se junta a escultura “Árvore da Vida”, concebida por Alberto Carneiro, vai ser entregue em sessão pública marcada para a próxima sexta-feira, 21 de junho, em Fátima, às 10h00, na abertura da 9.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, dedicada ao tema “Culturas Juvenis Emergentes”.

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 14.06.13

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