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Seis órgãos da basílica de Mafra voltam a ser tocados todos os meses

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Seis órgãos da basílica de Mafra voltam a ser tocados todos os meses

Os seis órgãos da basílica de Mafra, que se distinguem não apenas pelo seu número mas por terem sido concebidos para tocar em conjunto, voltam a ouvir-se nos primeiros domingos do mês.

Sérgio Silva (órgão do Evangelho), Isabel Albergaria (Epístola), David Paccetti Correia (S. Pedro d'Alcântara), Margarida Oliveira (Sacramento), Digo Rato Pombo (Conceição) e Inês Machado (Santa Bárbara) tocam a partir das 16h00 sob a direção artística de João Vaz.

Os intérpretes vão executar, em conjunto ou isoladamente, obras de Eugene Thayer (1838-1889) ("Service Postlude nº 22 em Dó maior), Samuel Wesley (1766-1837) ("Air", "Gavotte", 'Twelve Short Pieces'), Anónimo português dos sécs. XVIII-XIX, Fr. José Marques da Silva (1782-1837) ("Versos de 1º Tom"), William Boyce (1711-1789) ("Voluntary I", 'Ten Voluntaries for Organ or Harpsichord'), Marianus Müller (1724-1780) ("Sonata Pastorale à quattro organi per il Gaudio Pascale"), Johann Sebastian Bach (1685-1750) ("Concerto em Fá maior, BWV 978") e Jaak-Nikolaas Lemmens (1823-1881) ("Marche de Procession")

A peça de abertura, de Jean Baptiste Lully (1632-1687) ("Marche"), e a de encerramento (Marcos Portugal (1758-1819) ("Sinfonia a seis órgãos") serão as únicas em que se ouvirá a totalidade do conjunto organístico, para o concerto que teve período de marcação de reservas que terminou a 30 de outubro.

«Os seis instrumentos foram construídos pelos dois mais importantes organeiros portugueses do seu tempo – António Xavier Machado e Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes  – tendo sido terminados entre 1806 e 1807. Os últimos dois foram inaugurados a 4 de Outubro de 1807, tendo um número substancial composições envolvendo os seis órgãos sido produzido nesse ano», refere a página do Palácio Nacional de Mafra.

O restauro global do conjunto, confiado em 1998 ao organeiro português Dinarte Machado, foi concluído em 2010, tendo incluído a reconstrução do órgão de S. Pedro d’Alcântara, incorporando todos os materiais recuperados desde a sua desmontagem, cerca de 1820.

A biblioteca do convento guarda um núcleo de partituras de músicos portugueses, como João de Souza Carvalho, Marcos Portugal e João José Baldi, entre outros, expressamente escritas para os seis órgãos da basílica, e por isso apenas podendo nela ser executadas.

O conjunto arquitetónico formado pelo Palácio Nacional de Mafra, mandado construir no século XVIII pelo rei D. João V, em cumprimento de um voto, é o mais importante monumento do Barroco em Portugal, tendo sido substancialmente financiado pelo ouro extraído no Brasil.

Construído em pedra lioz da região, o edifício ocupa uma área de perto de quatro hectares, que incluem a basílica, onde se encontram dois carrilhões com 92 sinos fabricados na Flandres, constituindo o maior conjunto histórico do mundo, e os seis órgãos, encomendados no final do século XVIII pelo rei D. João VI, além do convento (que desde 1890 é sede da Escola Prática de Infantaria, do Exército), a biblioteca e o palácio.

 




 

Rui Jorge Martins
Publicado em 01.11.2015 | Atualizado em 16.04.2023

 

 

 
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A biblioteca do convento guarda um núcleo de partituras de músicos portugueses, como João de Souza Carvalho, Marcos Portugal e João José Baldi, entre outros, expressamente escritas para os seis órgãos da basílica, e por isso apenas podendo nela ser executadas
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