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«Símbolos incríveis como o terço são de uma cultura», afirma Joana Vasconcelos

«Símbolos incríveis como o terço são de uma cultura», afirma Joana Vasconcelos

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A artista plástica Joana Vasconcelos considera que «símbolos incríveis como o terço são de uma cultura, são das pessoas em geral», pelo que podem ser objeto de múltiplas interpretações artísticas.

«Há símbolos que são símbolos de todas as pessoas, como carros, sapatos, e que são tratados por vários artistas. As pessoas trabalham os símbolos conforme a sua perspectiva e conforme a sua maneira de ser. Os símbolos não são de ninguém», afirmou ao "Público".

As declarações de Joana Vasconcelos foram proferidas no contexto da sua obra "Suspensão", terço instalado no alto do recinto de oração do santuário, assinalando o centenário das aparições da Virgem Maria.

O terço de contas brancas, feitas de resina de polietileno, LED, filtros de cor, aço e fontes de alimentação, com mais de 25 metros de altura, pesa 540 kg  e será oficialmente iluminado pela primeira vez aquando da chegada do papa ao recinto, na noite do 12 de maio.

Preparada durante um ano, a obra «lembra o pedido da Virgem Maria de que se reze o terço com um propósito muito claro: o de alcançar a paz para o mundo», explica uma nota enviada ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

A "conversão" de Joana Vasconcelos ao santuário ocorreu em 2002, quando percorreu o trajeto entre Lisboa e a Cova da Iria em ciclomotor, no contexto de uma obra que estava a desenvolver: «Desde dessa peça toda a minha visão sobre Fátima mudou e toda a minha vida a partir daí teve uma outra perspetiva».



«Todos percebemos o enorme impacto que esta peça tem no conjunto edificado deste santuário, o que pretendemos é que precisamente esta celebração do centenário seja marcada festivamente e que possa estar também marcada por uma obra de arte desta natureza, que nos ajuda a perceber aquilo que é o fundamental deste lugar»



«É com muito gosto que estou aqui alguns anos depois, para poder fazer parte deste centenário, para fazer parte deste momento tão importante para Portugal e para os portugueses e para poder colaborar nesta mensagem de paz», afirmou Joana Vasconcelos na terça-feira, em Fátima, aquando da conferência de imprensa de apresentação da obra.

Para Joana Vasconcelos, «é muito importante que hajam símbolos que ajudam a que a mensagem de paz seja passada. A “suspensão” tem a ver com esta relação entre o céu e a terra e a luz que de alguma maneira nos ilumina o nosso caminho.

O reitor do Santuário, P. Carlos Cabecinhas, sublinhou que a encomenda pretendeu «marcar o centenário das aparições com uma obra de arte que fosse significativa e profundamente enraizada na mensagem de Fátima, como é o caso da “Suspensão”».

«Todos percebemos o enorme impacto que esta peça tem no conjunto edificado deste santuário, o que pretendemos é que precisamente esta celebração do centenário seja marcada festivamente e que possa estar também marcada por uma obra de arte desta natureza, que nos ajuda a perceber aquilo que é o fundamental deste lugar», assinalou.

Além do terço, os peregrinos do santuário de Fátima podem (re)ver outra obra de Joana Vasconcelos: trata-se de "Coração independente #2", uma das cerca de 120 peças incluídas na exposição "As cores do sol: a luz de Fátima no mundo contemporâneo", patente até 31 de outubro no "Convivium" de Santo Agostinho, sob a basílica da Santíssima Trindade.



 

SNPC
Fonte: "Público"
Publicado em 04.05.2017 | Atualizado em 15.04.2023

 

 
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