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Papa Francisco: um país só é grande quando não deixa os pobres para trás

O papa Francisco deslocou-se esta quinta-feira à comunidade da Varginha, bairro pobre do Rio de Janeiro, onde lançou um apelo à solidariedade, «palavra frequentemente esquecida ou silenciada porque é incómoda» e que «quase parece um palavrão».

«Só quando se é capaz de compartilhar é que se enriquece de verdade. Tudo aquilo que se compartilha, multiplica-se. Pensemos na multiplicação dos pães por parte de Jesus. A medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como trata os mais necessitados, que não têm outra coisa senão a sua pobreza», vincou.

Depois de ter entrado na capela do bairro, percorrido as ruas e ficado durante cerca de dez minutos na casa de uma família, momento que não foi transmitido pela televisão, o papa dirigiu-se ao campo de futebol da comunidade.

Excertos do discurso:

«A verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração.»

«Queria lançar um apelo a todos que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social: não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário.»

«Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no mundo. Cada um, na medida das próprias possibilidades e responsabilidades, saiba dar a sua contribuição para acabar com tantas injustiças sociais.»

«Não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que frequentemente regula a nossa sociedade, aquela que constrói e conduz a um mundo mais habitável, mas sim a cultura da solidariedade, que vê no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão.»

«Nenhum esforço de pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma. Uma sociedade assim, simplesmente empobrece.»

«Não deixemos entrar no nosso coração a cultura do descartável, porque nós somos irmãos. Ninguém é descartável.»

«A Igreja, advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e económicas, que clamam ao céu, deseja oferecer a sua colaboração em todas as iniciativas que signifiquem um autêntico desenvolvimento do homem todo e de todo o homem.»

«Certamente é necessário dar pão a quem tem fome. É um ato de justiça. Mas existe também uma fome mais profunda, a fome de uma felicidade que só Deus pode saciar: fome de dignidade.»

«Não existe verdadeira promoção do bem comum, nem verdadeiro desenvolvimento do homem, quando se ignoram os pilares fundamentais que sustentam uma nação, os seus bens imateriais: a vida, dom de Deus, que deve ser sempre tutelado e promovido; a família, fundamento da convivência e remédio contra a desagregação social; a educação integral, que não se reduz a uma simples transmissão de informação, com o fim de gerar lucro; a saúde, que deve buscar o bem-estar integral da pessoa, incluindo a dimensão espiritual, essencial para o equilíbrio humano e a convivência saudável; a segurança, na condição de que a violência só pode ser vencida a partir da mudança do coração humano.»

Aos jovens: «Nunca desanimem. Não percam a confiança. Não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar. O homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem. Não se acostumem ao mal, mas a vencê-lo com o bem. A Igreja está ao vosso lado, trazendo-vos o bem precioso da fé, de Jesus Cristo, que veio para que todos tenham vida, e vida em abundância.»

 

Nota: A tradução da intervenção do papa não é oficial, tendo sido redigida a partir de texto em italiano.

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 26.07.13

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FotoFoto: GloboNews

 

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