Literatura
Vaticano escreve sobre Nicanor Parra, Prémio Cervantes 2011
«De uma coisa estou certo quando penso na sua poesia: que sobreviverá», dizia o escritor chileno Roberto Bolaño, falecido em 2003, do compatriota Nicanor Parra, que há cerca de uma semana ganhou o Prémio Cervantes 2011, considerado o Nobel da Literatura espanhola.
É nestes termos que a edição de 8 de dezembro do jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, começa por descrever Parra, de 97 anos.
«Na sua vida juntou a escrita ao ensino, à matemática e à física, mas é na primeira que ganhou o nome de fundador da Antipoesia, género capaz de tornar em arte a simples linguagem do quotidiano», assinala o artigo.
Nunca fui o autor de nada porque sempre agarrei coisas que andavam no ar, gosta de dizer de si próprio e da sua obra, partindo do pressuposto que os versos dos poetas não são poesia. A matéria-prima para uma composição literária, defende, pode ser encontrada no léxico empobrecido que se encontra nos jornais, aponta o diário da Santa Sé.
“Poemas e antipoemas” (1954) é uma das obras mais conhecidas de Nicanor Parra, que não está publicado em Portugal.
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08.12.11