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A Europa está estagnada, devemos ajudá-la a reencontrar as raízes que renegou, diz papa Francisco

A Europa «estagnou e não sabe o que fazer», afirmou hoje o papa por ocasião do encontro com pessoas assistidas pela Comunidade de Santo Egídio, em Roma.

«Devemos ajudá-la a rejuvenescer, a rencontrar as suas raízes», que «renegou»», vincou Francisco, que voltou a criticar a cultura do descartável, patente na baixa natalidade, no desemprego juvenil e no menosprezo pelos idosos.

O papa cruzou-se, na praça e na basílica de Santa Maria em Trastevere, com imigrantes, refugiados, doentes, portadores de deficiência, idosos, jovens, sem-abrigo e representantes de outras religiões.

Os pobres são «pedra angular para a construção da sociedade. Hoje, infelizmente, uma economia especulativa torna-os cada vez mais pobres, privando-os do essencial, como a casa e o trabalho. Isto é inaceitável. E quem vive a solidariedade não o aceita e age», vincou.

«E esta palavra, "solidariedade", muitos querem-na excluir do dicionário, para que a determinada cultura pareça um palavrão. Mas não: é uma palavra cristã, a solidariedade», frisou.

A ação social do cristão assenta na oração, que preserva o ser humano do «protagonismo pelo qual tudo gira à sua volta, da indiferença e da vitimização»: «A oração consiste em escutar a palavra de Deus, pão que nos dá a força e nos faz avançar».

O papa referiu-se igualmente ao diálogo com outras culturas e religiões, que constitui uma das matrizes da Comunidade de Santo Egídio: «Não posso fingir ter uma outra identidade para dialogar. Não, não se pode dialogar assim», apontou Francisco, sublinhando que «o mundo sufoca sem diálogo».

«Continuai nesta estrada: oração, pobres e paz. E caminhando assim, ajudais a fazer crescer a compaixão no coração da sociedade, que é a verdadeira revolução, a da compaixão e da ternura, a fazer crescer a amizade no lugar dos fantasmas da inimizade e da indiferença», apelou.

Antes da sua intervenção, o papa ouviu o arcebispo ortodoxo de Damasco, que lhe falou de um povo «prisioneiro do mal» e pediu que sejam feitos mais esforços pela paz.

Uma jovem que agradeceu a Francisco o facto de falar das periferias, de onde ela chegou, um desempregado e uma pessoa com deficiência que narraram o seu desespero antes da ajuda da Comunidade de Santo Egídio, e um cigano e um refugiado afegão que contaram como se tornaram agentes da paz, constituíram alguns dos testemunhos que precederam as palavras do papa.

Durante o encontro, Francisco recebeu do presidente da comunidade judaica de Roma um convite para visitar a sinagoga da cidade, que aceitou, e disse ao responsável hebraico que ia rezar pelos três israelitas raptados esta quinta-feira na Cisjordânia.

No percurso a pé até à basílica, Francisco bebeu um chá mate «assim-assim», que lhe foi oferecido por uma das milhares de pessoas que o aguardavam, abençoou uma jovem grávida, falou com um numeroso grupo de imigrantes e, em particular, com uma mulher eritreia, ativista empenhada na libertação de reféns no Sinai.

«Eu sou da Somália, ele do Senegal, eles do Afeganistão, somos muçulmanos mas gente de paz, estamos aqui para agradecer ao papa por aquilo que faz pela integração e pelos imigrantes. Nós somos o futuro da Europa», disse aos jornalistas um dos muitos jovens da escola de italiano da Comunidade de Santo Egídio, que esperavam pelo papa com vestuário típico dos seus países.

A seguir às palavras que proferiu na basílica, e antes de se dirigir às instalações da Comunidade de Santo Egídio, Francisco lançou aos presentes um apelo à oração.

«Precisamos de oração no mundo: pela paz, há tanta gente que não tem o necessário para viver. Todo o mês há tantas famílias não podem pagar a renda e têm de ir para a rua; onde? Deus saberá. Por estes novos pobres. Rezar pelos povos que estão em guerra, pelos povos que sofrem pela guerra: pedir a paz. Uma oração é a arma que nós temos para tocar o coração de Deus. Se rezarmos, Ele ouvir-nos-á», afirmou.

 

Fontes: Adnkronos, Rádio Vaticano
Redação: Rui Jorge Martins
© SNPC | 15.06.14

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FotoPapa Francisco
Roma, 15.6.2014
EFE/EPA/RICCARDO ANTIMIANI

 

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