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Igreja e Cultura

"Brotéria": superior dos Jesuítas revela planos para maior intervenção cultural

O superior da Companhia de Jesus, congregação católica responsável pela revista “Brotéria”, quer que o projeto tenha maior intervenção no domínio da cultura portuguesa.

«Acompanhando a prevista mudança da biblioteca da revista para as instalações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – junto às nossas antigas Igreja de S. Roque e Casa Professa, gostaríamos de desenvolver o “Centro Cultural Brotéria” como espaço de reflexão, de debate aberto à pluralidade de opiniões e de intervenções, que continuem a ser referência cultural em Portugal», afirmou o padre Alberto Teixeira de Brito.

As palavras do provincial dos Jesuítas, citadas pela edição de outubro da “Brotéria”, foram proferidas na reunião do Conselho de Redação da revista, realizada a 29 de setembro, em Lisboa.

«Penso em iniciativas semelhantes promovidas por revistas ou centros similares, como o “Centro Culturale San Fedele” de Milão, como os Cadernos “Cristianisme y Justicia” de Barcelona, de Munique, de Londres, etc.», acrescentou.

FotoSede da revista "Brotéria" (R. Maestro António Taborda, Lisboa)

De acordo com o responsável, aquelas iniciativas tornaram-se «lugares privilegiados de conversação entre crentes e não-crentes, acolhendo temas das humanidades, das ciências, das artes e da religião, e procurando intervir nos debates decorrentes na sociedade, nas áreas cultural, política, social e económica – e na vida da Igreja».

O superior começou a sua intervenção referindo que vê «futuro» no projeto “Brotéria – Cristianismo e Cultura”, com o qual os Jesuítas estão envolvidos «num longo processo de busca e de esperança, já como 109 anos de existência, através da reflexão crítica e do discernimento sobre os valores, modelos e desígnios» da vida comum.

A edição de outubro da “Brotéria” é «substancialmente» dedicada ao padre Luís Archer, que faleceu «inesperadamente» a 8 de outubro, aos 85 anos, assinala no editorial o diretor da revista, padre António Vaz Pinto.

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O sacerdote que em 2006 foi distinguido pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura com o Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes, em nome da Igreja Católica em Portugal, adquiriu «grande reputação científica, nacional e internacional, tendo aliado, como poucos, a fé e a ciência».

A evocação de Luís Archer, diretor da “Brotéria” nas suas edições de cultura e ciência durante cerca de 25 anos, inclui «uma simpática e completa "In memoriam"», elaborada pelo P. Manuel Morujão, porta voz da Conferência Episcopal Portuguesa e superior da comunidade onde está sediada a redação.

Este número oferece a introdução e homilia da missa exequial do P. Luís Archer, proferida pelo P. Alberto Teixeira de Brito, a última entrevista do sacerdote, ocorrida na véspera da sua morte, com Francisco Romeiras, e uma «pequena reflexão» que o investigador assinou em 1965, intitulada “Sacerdote porquê?", onde «conta a história da sua vocação religiosa e sacerdotal, até à decisiva inflexão científica».

Cartaz

Walter Osswald, «amigo e companheiro de lides humanas e científicas» do padre jesuíta escreve "Dualidade ou unidade: a vida de Luís Archer", e na habitual secção "Revisitando a Brotéria" foi selecionado um artigo sobre teologia e bioética, redigido em 2000 pelo sacerdote.

O padre José Frazão Correia apresenta «um interessante artigo sobre o "atravessar a crise"» da «fé e da Igreja da pós-modernidade no contexto ocidental», enquanto que Raquel Vaz-Pinto, «especialista em direitos humanos e Oriente», assina o texto "Roma, Beijing e o Cristianismo".

 

© SNPC | 01.01.12

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