O organista francês Thiery Mecheler e o grupo de cante alentejano Cantadores da Aldeia Nova de São Bento (Serpa), hoje, e o Coralie Amedjkane, Coro de Câmara, Grande Coro e Orquestra do Departamento de Música da Universidade do Minho, amanhã, concluem o sexto Festival Internacional de Órgão de Braga.
A atuação de sábado, na igreja de Santa Cruz, às 21h30, e de domingo, às 16h00, na igreja de S. Paulo (Seminário), integram um programa, com entrada livre, que desde 10 de maio inclui sete concertos, a inauguração do restauro do órgão da igreja dos Terceiros, construído em 1782 e há 70 anos sem tocar, bem como a atribuição do primeiro Prémio Internacional de Composição Pedro de Araújo.
«Pela primeira vez na história o órgão estará acompanhado de duas formas tradicionais da música portuguesa, consagradas como Património da Humanidade, o Fado e o Cante Alentejano que, também com a participação da guitarra portuguesa» se apresentam «a par do majestoso som do órgão, também ele um elemento patrimonial ligado à História ocidental», destaca o diretor artístico.
Em texto publicado na página da iniciativa organizada pela Arquidiocese, Município e Santa Casa da Misericórdia de Braga, e Irmandade de Santa Cruz, José Rodrigues explica que o tema desta edição, “O Órgão e a Voz”, realça a «função primordial» do instrumento «de acompanhar os diferentes timbres vocais, nas mais variadas formações e estilos».
«De soprano a barítono, de alto a tenor, passando por “ensembles” de câmara a grandes coros, o Festival 2019 procurará dar a conhecer um pouco mais da união, considerada perfeita, entre o som do rei dos instrumentos e a voz humana», destaca a nota de apresentação.
Intérpretes de Portugal, Espanha, França e Alemanha executaram cerca de 50 instrumentos em sete das mais emblemáticas igrejas da cidade.
«Pela sua autenticidade e características únicas, o Festival de Órgão de Braga é já uma marca cultural da cidade, da região e que já passou as fronteiras nacionais. É um evento que congrega vontades de diferentes instituições em torno da promoção do nosso património e da valorização da riqueza cultural», afirmou a vereadora da Cultura da Câmara de Braga, Lídia Dias, durante a apresentação do evento, a 20 de fevereiro.