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Música

Escutar o Absoluto no Ano da Fé: Bach (1)

O auditório da Renascença, em Lisboa, recebeu a 11 de janeiro a segunda sessão do ciclo "Escutar o Absoluto no Ano da Fé", integralmente dedicada ao compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750).

Os cinco encontros, coordenados por Aura Miguel, jornalista da Renascença, e pelo padre italiano Raffaele Cossa, da Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de S. Carlos Borromeu, intercalam intervenções sobre os músicos selecionados com peças da sua autoria, habitualmente em vídeo.

O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura apresenta a a sessão sobre Bach, baseada no tema "A consistência da fé".

Entre os episódios curiosos da vida do compositor narrados nesta primeira parte inclui-se aquele que conta que Bach, aos 13 anos, levantava-se durante a noite e ia secretamente à sala buscar o "caderno proibido", com pautas supostamente demasiado avançadas para a sua técnica, que depois de devidamente copiadas eram logo interpretadas.

 

1.ª parte

O excerto musical proposto no primeiro vídeo é a Tocata e Fuga em Ré Menor, atribuída a Bach quando tinha 18 anos.

 

 

2.ª parte

Despedido depois de ausentar-se quatro meses do trabalho para ouvir Buxtehude, quando tinha combinado com o seu empregador um afastamento de apenas quatro semanas, Bach viajou para Weimar, onde conheceu a obra dos grandes compositores italianos, como Vivaldi, Albinoni, Corelli.

A sua sede de conhecimento levava-o a transcrever para órgão as obras dos mestres transalpinos. Neste vídeo propomos a audição de um excerto de um concerto de Vivaldi, seguido pela transcrição para o "rei dos instrumentos" feita por Bach.

 

 

3.ª parte

Imaginemos uma praça que ao domingo se enche de gente, falando entre si com grande alegria e vontade de viver: eis o Concerto de Brandeburgo n.º 3, de que se apresenta um excerto «vertiginoso».

 

 

4.ª parte

Prosseguimos o percurso por obras que não se centram explicitamente no sagrado. A primeira proposta de audição continua o ritmo alucinante do vídeo anterior. Mas logo a seguir entramos num mundo diferente: das orquestras passamos aos instrumentos a solo e a impetuosidade dá lugar à profundidade.

 

 

5.ª parte

Neste vídeo começamos por ouvir um excerto da ária final das "Variações Goldberg".

«Durante 30 variações, a tensão sobe, Bach convoca todas as emoções humanas, e de repente nada mais resta do que uma música serena, apaziguadora». «Na doçura, a ária mergulha num nada que não é expressão de uma ausência nem de um desaparecimento, mas sim da felicidade e da luz. Quanto mais a música decresce, mais se eleva.»

«Através das Variações, é como se Bach explorasse todo o mundo de emoções e realidades. E depois, nesta ária final, é como se desse uma chave para interpretar o mundo, que é a paz que vem de Deus. Por isso é uma música profundamente religiosa.»

Prosseguimos com a dupla audição de uma das centenas de cantatas composta por Bach, apresentadas quando trabalhava na Igreja Luterana de Leipzig, na Alemanha. Durante cinco anos compôs semanalmente uma cantata para a liturgia do domingo seguinte: criava-a à segunda e terça-feira; era copiada à quarta e quinta-feira; à sexta e sábado ensaiava-a com o coro; ao domingo executava-a.

 

 

6.ª parte

Na Sexta-Feira Santa era habitual que nas igrejas luteranas se ouvissem oratórios inspirados na morte de Cristo. Além do Evangelho cantado, as composições incluíam comentários que não faziam parte do texto bíblico mas que eram verdadeiras orações.

A nossa proposta para hoje começa com um excerto da Paixão segundo São João: o diálogo de Jesus com Pilatos, o "Ecce Homo" e o povo que reclama a crucificação.

O segundo fragmento evoca a divisão da túnica de Jesus, a cena de João e Maria aos pés da cruz e, ainda, a meditação que o coro faz destes acontecimentos: «Também tu deves agir retamente, ò homem, amando Deus e a humanidade, para que possas morrer em paz e sem angústia».

 

 

7.ª parte

Ao chegar à reta final desta sessão sobre a música de Bach, propomos três excertos de uma «versão monumental» da Paixão Segundo S. Mateus. Veremos e ouviremos o momento da condenação de Jesus e a sua morte, acompanhadas da meditação do coro.

Escreve Eduardo Lourenço sobre esta Paixão: «A magia humana de Bach arranca-me por momentos da árida e solitária planície da insignificação de que sou caminheiro sem tréguas. As lágrimas correm sem vergonha na minha cara de homem rendido e humilde, e o cântico imortal rasga a minha carne até onde eu gosto de imaginar que está o mais profundo que me sustenta, com o grito inexpiável do chamamento à única presença que desde a infância eu sei que importa à minha vida».

 

 

8.ª parte

A sessão dedicada a Bach termina com a Missa em Si Menor, a única missa católica do compositor. O primeiro excerto que apresentamos é "Incarnatus est" (incarnou), extraído do Credo.

O segundo trecho corresponde ao final do hino "Glória" ("Com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai, Amen").

O próximo encontro de "Escutar o Absoluto no Ano da Fé", sobre o "Requiem" e a relação da humanidade com o seu destino, decorre já em plena Quaresma, a 1 de março, no auditório da Renascença, em Lisboa.

 

 

 

Atualizado em 27.01.13

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