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Leitura: "Esposos e santos - Dez perfis de santidade conjugal"

Imagem Capa (det.) | D.R.

Leitura: "Esposos e santos - Dez perfis de santidade conjugal"

«Depois do Concílio Vaticano II, a verdade sobre o chamamento universal à santidade foi geralmente reconhecida e aceite; porém, tem-se esquecido frequentemente de que ela não se dirige unicamente às pessoas individuais, mas, no caso daqueles que receberam o sacramento do Matrimónio, é o casal que está envolvido, se não mesmo toda a comunidade familiar, como veremos imediatamente.

Por isso, pareceu-nos útil e até necessário mostrar como a santidade está estreitamente ligada a sacramento do Matrimónio. Olhando para os santos esposos conseguiremos compreender melhor a essência própria do Matrimónio, quer dizer, desta comunhão dos dois que compreende espírito e corpo. Conseguiremos compreender melhor a importância da comunhão espiritual.»

Estes dois primeiros parágrafos da introdução ao livro "Esposos e santos - Dez perfis de santidade conjugal" expressam o objetivo do volume recentemente publicado pela Paulinas Editora, no início de um ano balizado por dois sínodos dos bispos dedicados à família - outubro de 2014 e 2015.

Ao longo de quase 300 páginas, o casal Stanisław e Ludmiła Grygiel coordena a apresentação da vida e obra de Raïssa e Jacques Maritain, Luigi e Maria Beltrame Quatrocchi, Gianna Beretta Molla e Pietro Molla, Franz e Franziska Jägerstätter, Viktoria e Józef Ulma, Giovanni Gheddo e Rosetta Franzi, Louis Martin e Zélie Guérin, Beata Vitória Rasoamanarivo, João Yu Jung-Cheol e Lutgarda Yi Sun-I, e, por fim, a Virgem Maria e S. José.

 

Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi
Paola Dal Toso
In "Esposos e santos - Dez perfis de santidade conjugal"


Com alegria, partilho tudo o que pude conhecer e estudar sobre Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi, o primeiro casal que recebeu as honras dos altares no dia 21 de outubro de 2001. O encontro pessoal é indireto e mediado pela amizade, que tive o privilégio de usufruir, com três dos seus quatro filhos. Assim, por esta via fiz uma experiência única: entrar na casa onde viveram estes beatos, que procuraram verter o Evangelho no dia a dia dos seus deveres quotidianos. (...)

A santidade deste casal de esposos manifesta-se na sua vocação matrimonial, no seu zelo no anúncio do Evangelho e na graça especial de poderem testemunhar o amor de Deus através da união fecunda e fiel. Ajudam-nos a descobrir a beleza do amor humano através do seu exemplo concreto de santos esposos que, na sua quotidianidade, souberam olhar para Deus e conformarem-se à sua vontade.

 

Traços biográficos

Luigi Beltrame Quattrocchi nasceu na Catânia, a 12 de janeiro de 1880. Passou a primeira infância com os pais Carlo  e Francesca  e os irmãos Gregorio, Mariannina e Ettore, indo, por volta de 1889, viver com Luigi e Stefania Quattrocchi, tios por parte da mãe, que pediram a sua guarda aos cunhados, por não poderem ter filhos.

Embora tenha conservado totalmente os laços afetivos com os pais e os irmãos, Luigi começou a viver com os tios Quattrocchi, desde os dez anos, de quem herdou o apelido. Em 1890, como consequência da transferência do tio Luigi, contabilista principal da Alfândega Régia, chegou a Roma, onde passou o resto da sua existência. Na capital, frequentou o Liceu Umberto I e, depois, a Fa culdade de Direito da Universidade La Sapienza, licenciando-se no dia 14 de julho de 1902.

Em 1901, no âmbito de uma relação cordial que se estabeleceu entre a família Quattrocchi e a família Corsini de Florença, enquanto ainda estava empenhado nos estudos universitários, conheceu Maria, a filha única dos Corsini, quatro anos mais nova do que ele. A amizade tornou-se ocasião de encontro: a 15 de março de 1905, celebrou com ela um noivado privado, depois oficializado no dia 30 do mesmo mês. Em agosto foi nomeado vice-pretor honorário da Prefeitura Urbana e, em 25 de novembro, casou-se com Maria Corsini na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

Em 1909, foi nomeado advogado substituto do erário (hoje pertencente à Procuradoria-Geral do Estado), onde percorreu uma carreira brilhantíssima até à sua aposentação em 1946, com a categoria de vice-advogado geral honorário do Estado. Além disso desempenhou diversos cargos nos vários ministérios (...).

Apesar do seu empenhamento no trabalho e na família, tomava parte no associativismo católico. Em particular, em 1916, cooperou com a Associazione Scoutista Cattolica Italiana (ASCI), tornando-se, em 1917, presidente do grupo Roma-5 e, em 1918, membro do Comissariado Central. Em 1919, fundou com o seu amigo Gaetano Pulvirenti um oratório festivo na Basílica de Santa Pudenziana, depois grupo escuteiro Roma-20, que ele próprio dirigiu até 1923. Em 1921, foi nomeado Conselheiro Geral da ASCI até 1927. Colaborou ainda com o professor Luigi Gedda na Ação Católica Masculina e nos Comités Cívicos; apoiou como conselheiro administrativo o nascimento da agência ORBIS; coadjuvou Reggio d’Aci e Jacini no Centro de Estudos Políticos; trabalhou na GIAC, no Movimento de Renascimento Cristão e na Frente da Família. Por fim, foi preciosa a sua presença como auxiliar de saúde na UNITALSI. Morreu no dia 9 de novembro de 1951 de um enfarte de miocárdio.

É este o retrato do bem-aventurado nas palavras do papa João Paulo II:

«Para quantos o conheceram, Luigi foi uma pessoa afável, verdadeira,essencial, douta e convicta. Era dotado de um excecional fascínio humano que a graça divina tinha enriquecido e completado. Esplêndido exemplo de dedicação familiar e profissional, soube corresponder fielmente ao projeto de Deus sobre ele, fundando a sua vida nos valores da fé cristã. Característica da sua existência foi a atenção diária a aprofundar a presença de Deus, até chegar a uma maturidade espiritual significativa, operando com consciência e solicitude a favor da sua salvação e da de quantos encontrava nas suas relações profissionais: santificar-se para santificar. Luigi, homem leigo, cristão, viveu as pequenas e as grandes vicissitudes do seu tempo na sua existência de marido, pai e profissional, à luz de Deus, contribuindo para a promoção humana e espiritual do seu ambiente; além disso, mostrou que seguir Jesus e o Evangelho com o dom total de si é a expressão mais plena e autêntica do cristão, chamado a realizar-se segundo o projeto de Deus, na fidelidade de uma resposta de amor sem reservas».

Maria Corsini nasceu em Florença, a 24 de junho de 1884, de Angiolo Corsini, capitão dos granadeiros do Exército Real, e de Giulia Salvi que lhe deram uma esmerada educação moral, principalmente através do exemplo.

Por causa das diversas transferências de local de trabalho do seu pai, a família deslocou-se de Florença para Pistoia (1888) e, depois, novamente para Florença (1890), indo, a seguir, para Arezzo (1892) e, finalmente, para Roma (1893), etapa definitiva. Na capital, frequentou a terceira classe, nas Irmãs de São José de Cluny; a quarta e a quinta, na escola estatal; e, depois, o Instituto Feminino de Comércio para Diretoras e Contabilistas, até à formatura.

Tinha um gosto inato pelo belo e pela verdade; estudou piano; interessou-se especialmente pelas disciplinas literárias, dotes que fez frutificar através da composição de numerosos escritos com princípios simples, mas verdadeiros e sólidos. Com menos de vinte anos, apresentou um estudo crítico sobre "Le Api" [As Abelhas], de Rucellai, e um ensaio intitulado "Dante Gabriele Rossetti e i Preraffaelliti".

Em 1901, conheceu Luigi Beltrame Quattrocchi, com quem celebrou o noivado privado (...) Da sua união nasceram quatro filhos: o primogénito Filippo (1906), seguido de Stefania (1908), Cesare (1909) e Enrichetta (1914).

Maria sentiu uma necessidade quase irreprimível de tornar outros participantes das experiências educativas sobre que refletiu, a partir das que viveu pessoalmente no seu papel de mãe.

Em 1912, quando tinha vinte e oito anos, publicou, na Libreria Editrice Fiorentina, "La madre nel problema educativo moderno", o primeiro ensaio do seu apaixonado interesse pela temática cristã da família. Além disso, este texto marca o início da sua atividade bastante fecunda de escritora, com numerosos artigos publicados, desde 1920, em "Fiamma viva", "Il Solco", "In Alto" e no "Bolettino della Federazione Universitari Cattolici Italiani" (FUCI), bem como uma série de doze livros, de carácter educativo e ascético, dos quais alguns chegaram à quinta edição.

Do epistolário trocado com os filhos, em 1924, viu a luz "Voce di Madre. Lettere ai giovani". Em 1936, publicou "Il libro della giovane" e, em 1937, compôs um opúsculo com o título "I nostri ammalati". Em 1940, saíram "Il fuoco ha da ardere" e "Mamma vera". Em 1943, escreveu "Fiore che sboccia", com a colaboração do filho, padre paulista. Em 1952, nasceu "Lux vera" e "Vita coi figli".

O interesse pelo tema da família e da formação espiritual dos filhos alterna com outros de autêntica experiência contemplativa, para concluir em 1955, aos 71 anos de idade, com a frescura juvenil de uma mensagem: "Rivalutiamo la vita!" [Dêmos novamente valor à vida!].

Embora fidelíssima aos seus deveres de mãe e de «rainha da casa» e ao seu específico «serviço da pena», Maria soube encontrar energias e tempo para se dedicar também às suas numerosíssimas atividades de apostolado que não são mais do que a projeção de um crescimento de vida interior. (...)

Em 1914, a seguir ao terramoto de Avezzano, foi pródiga na assistência aos feridos. No mesmo ano, iniciou a catequese às mulheres do povo, na paróquia de San Vitale. Em 1915, socorreu moral e espiritualmente os soldados da Primeira Guerra Mundial, internados nos vários hospitais de Roma. Em 1917, tornou-se Terceira Franciscana e, em 1919, foi acolhida na Congregação das Damas da Imaculada. Em 1920, foi chamada a fazer parte do Conselho Central da União Feminina Católica Italiana, na qualidade de encarregada nacional pela religião e de membro efetivo do Secretariado Central de Estudo.

Mais tarde, já quase sexagenária, Maria foi mobilizada como enfermeira voluntária da Cruz Vermelha nos hospitais de Roma, durante a guerra da Etiópia e, depois, na Segunda Guerra Mundial. Em 1936, tornou-se acompanhante dos doentes nos comboios da UNITALSI que iam para Lourdes e para Loreto. Em 1937, frequentou um curso para enfermeiras da Cruz Vermelha Italiana e especializou-se em cirurgia e doenças tropicais; além disso, tirou carta de condução para poder guiar as ambulâncias militares, assegurando ao mesmo tempo a sua presença em turnos esgotantes de serviço nos hospitais militares, mesmo deslocados de Roma, assistência noturna a feridos ou operados, serviços de acolhimento e de convalescença na Estação Termini para refugiados e desalojados, confeção, recolha e distribuição de roupas e refeições.

Em 1945, colaborou com a Obra de Apoio, na Estação Termini, e, em 1946-1947, aderiu à iniciativa dos padres Lombardi e Rotondi, «Mundo Melhor». Nestes mesmos anos, começou a fazer parte do Movimento Fronte della Famiglia, de que se tornou vice-presidente do Comité romano. Outro campo de ação foi o movimento Rinascita Cristiana (Renascimento Cristão). Organizou os cursos para noivos, autêntica novidade pastoral naqueles tempos, quando o casamento era considerado algo estabelecido, que não exigia aprofundamento nem preparação. Em 1952, ao percorrer a sua vida vivida em comum com o seu marido Luigi, publicou "L’ordito e la trama" [A urdidura e a trama], logo depois reimpresso com o título "Radiografia di un matrimonio".

Faleceu na sua amada residência «casentinese» de Serravalle di Bibbiena (Arezzo), no dia 25 de agosto de 1965, com 81 anos. É com estas palavras que o papa João Paulo II a retrata:

«Maria, leiga, esposa e mãe de família, de profunda vida interior, passou os seus dias no cumprimento fiel e quotidiano dos seus deveres e atribuições próprias de um generoso empenhamento apostólico laical, em perfeita adesão à hierarquia e em profundo espírito de serviço. A sua vida sintetiza-se e compendia-se em três verbos: "fiat", o seu sim pessoal, fiel e total; "adveniat", o desejo de Deus, a sua glória e a salvação dos homens; "magnificat", o louvor e a gratidão a Deus Criador, a Jesus que redime e ao Espírito Santo vivificante. Evitando atrativas e perigosas mundanidades, lançou as suas redes no mar do amor de Deus e do próximo.

Numa vida simples e ordenada, olhou para aquele único centro de que podia tirar vigor de coesão, impulso de empenhamento e capacidade de uma renovação constante. Isto é, soube confessar Jesus Cristo, generosa e admiravelmente, em todas as circunstâncias da sua vida, na condição de esposa, mãe e apóstola, deixando que Deus nela transparecesse naturalmente. A sua mensagem às mães, às esposas e aos educadores é muito clara: ela é um vivo convite a todos sobre como se devem dar aos outros; um convite a viver a própria fé e a própria vocação como expressão da caridade de Cristo».

 

A caminhada de santidade feita a dois como casal

A 12 de fevereiro de 1994, ao dar início à causa da canonização deste casal, no Tribunal para as Causas dos Santos do Vicariato de Roma, o cardeal vigário Camillo Ruini apresentou-os assim: «Os dois tinham consagrado cristãmente o seu amor conjugal e a graça do sacramento nupcial sempre os apoiou admiravelmente a formar e a [fazer] crescer a sua família.» Simplesmente viveram o seu matrimónio como uma caminhada para Deus, fazendo-se santos.

Havia já alguns anos, o Santo Padre João Paulo II desejava mostrar ao povo dos fiéis um «caminho de santidade», realizado por um casal de esposos. Por ocasião do vigésimo aniversário da "Familiaris consortio", no dia 21 de outubro de 2001, o Papa beatificou Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi. Foi assim que, pela primeira vez, na história da Igreja, foi elevado à glória dos altares um casal de esposos, beatos precisamente graças e por força do matrimónio. (...)

A relação de reciprocidade entre Maria e Luigi levou-os a uma partilha profunda:

«Tudo em comum, com intercâmbio constante de valores efetivos e afetivos, com uma única vida de aspiração e de metas, com respeito mútuo e com imenso amor. Com sabor de novidade muito querida, em cada momento de conversa – de permutas de pensamento – de proximidade. Em quase meio século de vida em comum, afirmo-o diante de Deus, nunca um segundo de aborrecimento, de saciedade, de cansaço. A beleza do canto das aves, de um pôr do Sol, de um cume, de uma marina, de uma pintura, de um concerto, de um gesto de coragem, de bondade – tudo sentido em comum, com uma única pulsação, uma só vibração de gozo e de alegria, no mais alto sentido é viver». (...)

 

Fecundidade é dar vida espiritual ao cônjuge (fazerem-se mutuamente santos)

Vale a pena referir também o período anterior ao matrimónio, tal como foi vivido por Maria e Luigi. Ao longo de apenas dois anos, Luigi perdeu os dois tios e, encontrando-se sozinho diante das penosas disputas entre os primos por causa da herança, sofreu um grave esgotamento psicofísico. Acorreram a assisti-lo o pai e o irmão, enquanto a família Corsini, preocupada, escreveu repetidamente, pedindo notícias suas. Felizmente, Luigi restabeleceu-se e aquele período tão difícil foi precisamente o início de uma correspondência cada vez mais densa e afetuosa com Maria, cujos sentimentos de amor mútuo foram emergindo pouco a pouco. Entre outras coisas, Maria enviou-lhe uma imagem da Senhora de Pompeia com uma legenda: «Esta é a imagem diante da qual tanto rezei e supliquei pela sua saúde. Beijo-a todas as noites e todas as manhãs; tenha-a sempre consigo. O Senhor e a Bem-aventurada Virgem o abençoem e aos seus.»

Desde aquele momento, Luigi teve-a sempre consigo – foi encontrada na sua pasta quando faleceu. Logo que regressou a Roma, quis encontrar-se com Maria e, depois de uma conversa em que manifestou os seus sentimentos, noivaram.

A 29 de julho de 1905, Luigi escreve:

«Como te estou grato pelo bem que o teu amor me faz, que me encoraja para viver e para as outras lutas, porque é o viver, o trabalhar e o lutar que representam para mim o único objetivo! Foste a minha fada benfeitora que me salvou a alma do ceticismo; por isso, em compensação fiz de ti a «minha» senhora, que venero e que adoro».

E Maria, que, trepidante, espera todos os dias o correio, responde:

«Volto agora a escrever-te […] para dizer-te, meu adorado Gino, como é imensa a consolação que me trouxe a tua carta. Quando voltei a casa, depois da Missa, encontrei a pobrezinha à minha espera. Peguei nela, saboreei frase por frase, palavra por palavra. […] Obrigada, santo amor, pelas tuas boas palavras, sobretudo pelo teu amor, que é a essência da minha vida. Que outra coisa posso dedicar-te, amor, além de toda a minha alma, de mim mesma? Eis o que te ofereço, e que tu fazes bem acolher. Que o Senhor abençoe este nosso amor imenso e nos conceda que o vivamos no meio dos nossos queridos».

A relação existente entre os dois esposos, no rápido decurso dos primeiros anos de comunhão esponsal, sob a sábia orientação de um padre espiritual comum, o franciscano capuchinho Pellegrino Paoli, foi rapidamente alimentada pela exigência da Missa e Comunhão diária juntos. Maria escreveu referindo-se a Luigi: «A frequência da Comunhão tornou-se diária também para ele, sem incitamento algum, mas por euritmia consciente; sobretudo depois de um longo período de ansiedade pela vida da companheira e de uma criaturinha que estava a chegar. Tudo isto superado, pela Fé e pela Graça de Deus, operou uma estabilização de contacto com Jesus Eucaristia, como penhor de gratidão, como estímulo de ascensão». (...)

Meio século de vida juntos, sem qualquer momento de aborrecimento, de cansaço, mas conservando sempre o sabor contínuo da novidade. O seu segredo? Pôr no centro do vínculo conjugal e da unidade família o diálogo com Deus na oração. Por outras palavras, o seu grande, terno e humaníssimo amor é constantemente vivido com o olhar voltado para Deus, que o ilumina continuamente e o transforma. (...)

 

Conclusões

Bebendo na Palavra de Deus e no testemunho dos santos, os Bem-aventurados Luigi e Maria viveram de modo extraordinário uma vida comum feita de trabalho, de cuidado dos filhos, de deveres e obrigações culturais e sociais, e de muitíssimos outros aspetos.

A Igreja reconhece neles um exemplo de dedicação à família, à sua atividade profissional e, ao mesmo tempo, de uma espiritualidade cristã vivida operosamente no matrimónio e na família.

Como esposos souberam viver sempre, dia a dia, com a mudança dos tempos, uma jubilosa comunhão de vida, marcada por uma ternura inefável e apaixonada, que foi sempre crescendo cada vez mais na capacidade de superar dificuldades e incompreensões, oferecendo assim a imagem fiel do amor de Deus.

Na morada da rua Depretis, também denominada "piccola Betania" (pequena Betânia), testemunharam o amor do Pai, a sua ternura e a sua misericórdia, e foram capazes de crescer no serviço realizado em numerosos ambientes, deixando-se sustentar pela graça do matrimónio tanto nos momentos alegres como nos tristes da vida, até à perfeição da santidade.

 

Edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 27.11.2014

 

Título: Esposos e santos - Dez perfis de santidade conjugal
Coordenadores: Stanisław Grygiel, Ludmiła Grygiel
Editora: Paulinas
Páginas: 280
Preço: 14,50 €
ISBN: 978-989-673-424-4

 

 
Imagem Capa | D.R.
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