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Festival de Música Religiosa de Guimarães une concertos, património e espiritualidade

Festival de Música Religiosa de Guimarães une concertos, património e espiritualidade

Imagem Guimarães | evory/Bigstock.com

Começa a 2 de abril, com uma missa campal presidida pelo arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, a segunda edição do Festival de Música Religiosa de Guimarães, que se prolonga até 16 do mesmo mês.

«Mantemos a qualidade da programação artística e cultural, a cargo do Professor José M. Pedrosa Cardoso. Repetimos o programa expositivo “A Paixão em Guimarães”, a cargo do Museu de Alberto Sampaio. Desta feita, com nova roupagem e contando com a participação da igreja», destaca o vereador da Cultura da autarquia vimaranense, José Bastos, na nota de apresentação da iniciativa, enviada hoje ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

O festival oferece «novamente de uma forma intensa o desfrute da grande música que foi composta ao longo dos séculos sob o signo da religião», embora «não necessariamente sacra ou litúrgica», assinala o diretor artístico, José M. Pedrosa Cardoso.

«É precisamente o tesouro da grande música religiosa de todos os tempos, que a cidade de Guimarães, reconhecida no mundo pelos seus pergaminhos históricos, e também musicais, se prepara para oferecer, abundantemente e em ambiente de inegável espiritualidade, qual é a Semana Santa, a todos os seus habitantes e forasteiros», acrescenta.

Apesar dos «recursos limitados», o programa composto por concertos, uma exposição, um curso e conferências, que abaixo apresentamos, propõe uma «grande diversidade de estilos e grupos: recitais, cantochão, música coral, música de conjuntos da chamada música antiga e música coral-sinfónica».



À música polifónica das catedrais de Santiago e Tui, convocada através do coro Vox Stellae e da «música singular» do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, pelo Coro Vilancico, junta-se a música barroca, com a Orquestra Barroca da Casa da Música (“O Pranto de Maria”) e a orquestra Divino Sospiro, com um «ambicioso programa temático que se quis intitular de Harmonia Ibérica da Paixão, de dois notáveis compositores ibéricos»



«Em matéria de recitais, haverá um de órgão com Daniel Ribeiro e um de piano com José Eduardo Martins, que apresentarão respetivamente música para órgão ibérico, com um programa alargado desde Johann Kuhnau a Carlos Seixas, passando por J. S. Bach, e um programa diversificado de música de piano desde o grande barroco (J. Kuhnau), ao romântico (Franz Liszt) e aos contemporâneos (Almeida Prado e Eurico Carrapatoso)», sublinha José Cardoso.

A música coral é também uma das apostas do festival: «de Santiago de Compostela, o coro de câmara Vox Stellae vem fazer a música das catedrais de Santiago e Tui; da Póvoa de Varzim, o Coral Ensaio vai interpretar a Via Crucis de F. Liszt; o Coral vimaranense Vilancico irá apresentar novamente a música do Passionário Polifónico de Guimarães; finalmente, já no dia da Páscoa, o Orfeão de Guimarães, a celebrar o seu 100º aniversário, fechará o Festival com a Missa Alemã de Franz Schubert, além de outras peças festivas do seu reportório».

O responsável salienta que «no que respeita a conjuntos de música antiga, a Orquestra Barroca da Casa da Música renovará a sua presença neste Festival com o grande barroco italiano e a Orquestra Divino Sospiro representará o barroco hispano-português, com obras significativas de Francisco J. García Fajer e José Joaquim dos Santos».

No domínio do repertório coral-sinfónico «ouvir-se-á a Sinfonia nº 2, "Lobgesang", de Felix Mendelssohn Bartholdy com a Orquestra de Guimarães, o Ensemble Vocal Pro-Música e o Coro do Conservatório de Guimarães e a Missa pela Paz, The armed Man, de Karl Jenkins, com a Orquestra e Coro da Universidade do Minho»

A música antiga está igualmente presente com o curso de iniciação ao canto gregoriano e a intervenção do Coro Gregoriano Solemnis na celebração da Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa.



A exposição "A Paixão em Guimarães" oferece um percurso pelas igrejas, passos da Paixão e museus vimaranenses «nos quais o visitante fica a conhecer um número significativo de peças de elevada qualidade artística, relacionadas com a Paixão



À música polifónica das catedrais de Santiago e Tui, convocada através do coro Vox Stellae e da «música singular» do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, existente nos arquivos da Sociedade Martins Sarmento (Passionário Polifónico de Guimarães), pelo Coro Vilancico, junta-se a música barroca, com a Orquestra Barroca da Casa da Música (“O Pranto de Maria”) e a orquestra Divino Sospiro, com um «ambicioso programa temático que se quis intitular de Harmonia Ibérica da Paixão, de dois notáveis compositores ibéricos».

Entre todos os géneros presentes no programa, é a música romântica mais se ouvirá: Liszt, «o primeiro compositor de música sacra plenamente romântica» far-se-á ouvir com Via Crucis, pelo Coral Ensaio e as suas duas Lendas Franciscanas, ao piano com José Eduardo Martins, seguindo-se F. Schubert, com a Missa Alemã,  pelo Orfeão de Guimarães, e Mendelssohn, com a Sinfonia nº 2, Lobgesang (Cântico de Louvor), com a Orquestra de Guimarães, o Ensemble Vocal Pro-Musica e o Coro do Conservatório de Guimarães.

“The Armed Man”, de Karl Jenkins, peças várias de Manuel Faria e outros e com os estudos de música litúrgica de E. Carrapatoso pontuam a seleção de música contemporânea.

Os grupos locais participam em cinco de onze concertos, a música ibérica é destacada com a execução por inteiro em três concertos e abriram-se as portas a grupos de Lisboa, Porto, Póvoa de Varzim, bem como São Paulo e Santiago de Compostela.

A exposição "A Paixão em Guimarães" oferece um percurso pelas igrejas, passos da Paixão e museus vimaranenses «nos quais o visitante fica a conhecer um número significativo de peças de elevada qualidade artística, relacionadas com a Paixão. Em cada igreja e museu o visitante poderá apreciar três peças do acervo dessas instituições relacionadas com o tema da Paixão, sendo que receberá um folheto, no qual se encontra um passaporte, a carimbar em cada local do percurso».

O trajeto inclui no total 19 espaços, constituindo um itinerário pela cidade, que o visitante pode iniciar e terminar onde e quando quiser, entre os dias 8 e 16 de abril, respeitando as limitações impostas pela realização de celebrações litúrgicas.



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SNPC
Publicado em 07.03.2017

 

 

 
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