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Cinema

"La illusión te queda" vence prémio da Igreja Católica no IndieLisboa

O documentário “La ilusión te queda”, de Francisco Lezama  e Márcio Laranjeira, foi distinguido com o prémio Signis-Árvore da Vida, atribuído pela Igreja Católica na edição de 2011 do IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema Independente.

«No trabalho destes jovens realizadores o cinema volta a ser uma arte de contar histórias, mas histórias onde as mulheres e os homens se contam a si mesmos, no seu presente e na sua memória, na sua ilusão e na sua incerteza, na grande dor e na grande ternura que vestem qualquer viver», escreve o padre José Tolentino Mendonça sobre o filme produzido em 2011.

«Estamos, assim, colocados perante um cinema imaginado como um segredo que é contado, de cada vez, a um só ouvido», assinala o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que com Margarida Ataíde e Inês Gil fez parte do júri de uma distinção que começou a ser atribuída pela Igreja Católica em 2010.

FotoLa ilusión te queda

«Nos 33 minutos que dura “La Ilusión te Queda” Márcio Laranjeira e Francisco Lezama criam uma narrativa que vai muito além do que se vê e do que se diz», nota José Tolentino Mendonça sobre a produção luso-argentina.

«Em grande medida» - prossegue – a visualidade interior é interior, e mostra o espaço interno de uma casa, nas suas várias divisões, precisamente porque pretende avizinhar-se, com delicadeza mas também com eficácia, da revelação do que permanece dentro das próprias personagens e, certamente, também dentro de nós».

«E quando desta viagem interior se passa ao exterior, somos então colocados diante do intacto deslumbre pelo visível, que reconquista assim toda a sua força icónica, como a inesquecível cena final do filme nos dá a ver», salienta o poeta, que conclui a sua perspetiva sublinhando que no documentário premiado «o mundo é celebrado como uma revelação».

FotoSwans

O texto do júri lido durante a cerimónia de atribuição do prémio, realizada este sábado em Lisboa, realça que o documentário «devolve o cinema como arte de contar histórias, onde as mulheres se contam a si mesmas, no seu presente e na sua memória, na sua ilusão e incerteza, na grande dor e na ternura que vestem qualquer viver».

O filme manifesta «um olhar masculino que espreita com delicadeza o universo feminino», sugerindo «que tão ou mais importante que o encontro, é a espera no amor».

O júri decidiu também atribuir uma menção honrosa a “Swans”, de Hugo Vieira da Silva, distinguindo “a excelência, profundidade e maturidade cinematográficas com que os temas da comunicação e dos afetos são tratados na duríssima história de um adolescente em busca da sua identidade”.

FotogramaOs milionários

A segunda menção honrosa foi para a curta-metragem “Os milionários”, de Mário Gajo de Carvalho, uma animação onde se manifesta a “força com que se denuncia e combate a avareza e os círculos mortais que ela desenha”.

O prémio "Signis-Árvore da Vida" foi atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura e pela Ecclesia, plataforma de comunicações sociais da Igreja Católica em Portugal.

 

Rui Martins
© SNPC | 16.05.11

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