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O espiritual no desenho

«O tema surge associado ao desafio a que me tenho proposto resolver nos últimos anos, como forma de dar resposta aos dois grandes temas que me interessam: as artes (especificamente o desenho), e a espiritualidade cristã.

Não sendo possível despir a minha visão artística, assim como a minha história pessoal e formação académica, sempre ouvi e li os evangelhos com esta vontade imensa de os cruzar com o desenho mas, por muito que me esforçasse, não conseguia fazer a ponte, parecia faltar algo que me ajudasse a fazer a relação.

Quando é que tudo se tornou mais fácil? Quando o conceito de diário gráfico se enraizou no meu quotidiano. Um caderno de folhas lisas para registar o dia a dia fez toda a diferença. A partir deste momento, a ponte concretizou-se no imediato. O Deus de Abraão que é presença diária constante começava a entrar nos desenhos que fazia no caderno.

O ponto de viragem aconteceu com a releitura da sarça ardente de Moisés. O mais provável é que Moisés tenha passado por aquele arbusto muitas outras vezes, contudo, naquele dia, reparou em algo diferente, aproximou-se, gastou tempo e percebeu que aquele território também era sagrado. Dali saiu uma mudança radical na sua vida - não é assim que acontece sempre que nos encontramos verdadeiramente com Deus?

Como é que isto se cruza com o desenho e com o diário gráfico? Bom, o diário anda connosco todos os dias, nos nossos percursos quotidianos, tal como andava Moisés com o seu rebanho e, sempre que queremos desenhar, é porque algo nos chama a atenção, é porque algo nos parece diferente e nos obriga a aproximar para entender melhor. Ao desenhar, gastamos tempo, compreendemos melhor o que nos rodeia e, eventualmente, poderemos reflectir alguma mudança de vida.

ImagemVila Viçosa (José Louro)

Foi este o clique. Foi esta ideia de procurar territórios sagrados nos nossos percursos diários que a leitura de Moisés provocou. Depois disto, o cruzamento de outros autores e artistas foi inevitável e o resultado são exercícios de procura e atenção, exercícios de reflexão através do desenho de observação in situ. Exercícios que provocam o encontro entre o quotidiano desenhado e as leituras bíblicas.» (Mário Linhares)

ImagemVila Viçosa (Mário Linhares)

Os desenhos apresentados neste artigo resultam de uma seleção que Mário Linhares fez dos três retiros "O espiritual no desenho" que orientou até hoje.

O vídeo, da autoria de Patrícia Pedrosa, antropóloga visual e jornalista, refere-se a um dos retiros.

Imagem

Os próximos retiros "O espiritual no desenho" que Mário Linhares vai orientar realizam-se em Veneza. O primeiro, já esgotado, decorre de 10 a 14 de abril. O segundo está agendado para os dias 17 a 21 do mesmo mês. Dos 22 lugares disponíveis, restam sete.

Os temas são os seguintes: "Os vendilhões", "A César o que é de César", "Que eu veja Senhor", "A paixão do desenho", "O tesouro escondido" e "Cordeiros no meio dos lobos".

Imagem Vila Viçosa (Ricardo Cabral)

 

ImagemRoma (Emília Morais)

 

ImagemRoma (Estela Cameirão)

 

ImagemSicília (Cláudio Patane)

 

ImagemSicília (Cláudio Patane)

 

ImagemSicília (Mário Linhares)

 

ImagemSicília (Mário Linhares)

 

ImagemSicília (Mário Linhares)

 

 

 

Mário Linhares
Vídeo: Patrícia Pedrosa
© SNPC | 15.12.13

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Roma
Pedro Jesus

 

 

 

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