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Terra Santa

Papa diz que Palestina tem direito a «pátria soberana, »critica antissemitismo e sublinha que Deus quis que Jerusalém fosse cidade de paz

O papa Francisco afirmou este domingo em Israel, diante das autoridades máximas do país, que a Palestina tem direito a um território soberano, e sublinhou que Deus deseja quis que Jerusalém fosse o que o seu nome significa, ou seja, cidade de paz.

As palavras do papa foram proferidas depois de se ter despedido de Belém, na Palestina, de onde partiu, de helicóptero, para Israel, onde foi recebido em Telavive pelo presidente, Shimon Peres, e pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

«Renovo o apelo que deste lugar foi dirigido por Bento XVI: seja universalmente reconhecido que o Estado de Israel tem o direito de existir e de gozar de paz e segurança dentro dos limites internacionalmente reconhecidos. Seja igualmente reconhecido que o povo palestino tem o direito a uma pátria soberana, a viver com dignidade e a viajar livremente. Torne-se realidade e não permaneça um sonho a solução de dois Estados», acentuou.

Francisco vincou a «urgente a necessidade da paz, não só para Israel mas para toda a região», e apelou a uma solução «justa e duradoura» para que israelitas e palestinianos «possam viver em paz».

Falando de «diálogo», «reconciliação», «inclusão e encontro» o papa evocou a visita que vai fazer esta segunda-feira ao Yad Vashem, em Jerusalém, memorial das vítimas do Holocausto.

A «“Shoah”» e os seus «seis milhões de vítimas» constituem uma «tragédia que permanece como símbolo de onde pode chegar a malvadez do homem quando, fomentado por falsas ideologias, esquece a dignidade fundamental de cada pessoa, a qual merece respeito absoluto qualquer que seja o povo a que pertence e a religião que professa».

«Rezo a Deus que nunca mais aconteça tal crime, de que foram vítimas em primeiro lugar judeus e também muitos cristãos e outros», afirmou Francisco, que pediu a promoção de «uma educação em que a exclusão e o confronto dêem lugar à inclusão e ao encontro, onde não haja lugar para o antissemitismo» nem para «qualquer expressão de hostilidade, discriminação ou intolerância para pessoas e povos».

O papa criticou o atentado que ocorreu no sábado à porta do Museu Judaico, em Bruxelas, que causou três mortos, e disse que rezava a Deus pelas vítimas do homicídio e pelos feridos.

Dirigindo-se a Shimon Perez, repetiu o convite, feito este domingo ao presidente da Palestina, para os três se juntarem no Vaticano para uma «intensa oração, pedindo de Deus o dom da paz».

«Que a paz e a prosperidade desçam em abundância sobre Israel. Deus abençoe o seu povo com a paz. Shalom!», disse Francisco ao terminar a intervenção.

Após a cerimónia de boas-vindas, Francisco dirigiu-se, de helicóptero, para Jerusalém, onde pelas 18h15 (menos duas horas em Lisboa) está previsto o encontro privado com o patriarca ecuménico de Constantinopla na Delegação Apostólica de Jerusalém, bem como a assinatura de uma declaração conjunta.

Às 19h00 decorre na Basílica do Santo Sepulcro uma celebração ecuménica, por ocasião do 50.º aniversário do encontro em Jerusalém entre o papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras.

A terminar a agenda do segundo dia da viagem à Terra Santa, que termina na segunda-feira, Francisco janta com patriarcas, bispos e a comitiva papal no Patriarcado Latino, também em Jerusalém.

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 25.05.14

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FotoPapa Francisco
Basílica da Natividade
Belém, Palestina, 25.5.2014
REUTERS/Osservatore Romano

 

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