O papa afirmou hoje, no Vaticano a convicção de que as feiras abertas à participação de vários países «não só têm efeitos positivos nas economias regionais e nos mercados de trabalho», como também oferecem «oportunidades significativas para mostrar ao mundo inteiro a rica diversidade e beleza das culturas e dos ecossistemas locais».
As palavras de Francisco dirigiram-se aos participantes na cimeira da Associação Global da Indústria de Exposições (UFI), organização que reúne cerca de 85 países, congrega perto de um milhar de feiras e envolve mais de três milhões de trabalhadores, gerando anualmente 275 mil milhões de euros em volume de negócios.
«As exposições internacionais contribuem para o crescimento de uma cultura do encontro», vincou o papa, salientando que essas iniciativas têm a capacidade de «criar uma rede de boas relações humanas, capazes de durar muito mais do que o próprio evento».
A inclusão, o cuidado pela casa comum e o desenvolvimento integral das pessoas não são preocupações secundárias, mas são essenciais «para construir uma economia em que os rendimentos financeiros não representam a única variável para medir o sucesso».
«A experiência ensinou-vos que, na preparação e realização das feiras, todos os elementos constitutivos devem concorrer de modo harmonioso, dos atores humanos aos materiais de construção e à iluminação, das instalações à gestão dos resíduos. Quanto maior é a cooperação a nível local e internacional, tanto mais crescem as possibilidades de sucesso», apontou.
Francisco destacou que as feiras que «sustentam a economia do território, envolvem a sua força de trabalho, dão valor e relevância à sua cultura e respeitam escrupulosamente a sua ecologia humana e ambiental, no fim terão mais sucesso e renome», obtendo «um impacto positivo e uma atração quer local quer global».
«Vós podeis estar justamente orgulhosos das vossas iniciativas, quando geram uma mais sólida consciência ao serviço do bem comum e do desenvolvimento integral», assinalou.