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Papa evoca pintor Rafael e lembra que violência contra mulheres é «profanação de Deus»

O papa Francisco lembrou hoje que em 2020 passam 500 anos da morte do pintor italiano Raffaello Sanzio (Rafael), a quem se deve um «ingente património de inestimável beleza», e o 70.º aniversário da proclamação da Assunção da Virgem Maria ao Céu.

No discurso aos membros do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé para a saudação de ano novo, Francisco lembrou que «como o génio do artista sabe compor harmoniosamente materiais em bruto, cores e sons diferentes, tornando-os parte de uma única obra de arte, assim a diplomacia é chamada a harmonizar as particularidades dos vários povos e estados para edificar um mundo de justiça e de paz, é que é obelo quadro que desejamos poder admirar».

Rafael, que faleceu a 6 de abril de 1520, «foi um filho importante de uma época, a do Renascimento, que enriqueceu toda a humanidade. Uma época não privada de dificuldades, mas animada de confiança e esperança», assinalou o papa.

«Através deste insigne artista, desejo fazer chegar os meus mais sentidos votos ao povo italiano, a quem desejo que redescubra esse espírito de abertura ao futuro que marcou o Renascimento, e que tornou esta península tão bela e rica de arte, história e cultura», acrescentou.

Francisco salientou aos cerca de 180 representantes diplomáticos que «um dos sujeitos preferidos da pintura de Rafael era Maria», a quem «dedicou numerosas telas que podem hoje ser admiradas em vários museus do mundo».

Depois de se referir à proclamação da Assunção, o papa dirigiu «um pensamento particular a todas as mulheres», 25 anos após a 4.ª conferência mundial da ONU sobre a mulher, realizada em Pequim, em 1995, «fazendo votos que em todo o mundo seja cada vez mais reconhecido o papel precioso das mulheres na sociedade, e cesse toda a forma de injustiça, desigualdade e violência em relação a elas».

«Toda a violência infligida à mulher é uma profanação de Deus. Exercer violência contra uma mulher, ou explorá-la, não é um simples ato, é um crime que destrói a harmonia, a poesia e a beleza que Deus quis dar ao mundo», frisou.

«A Assunção de Maria convida-nos também a olhar mais longe, para o cumprimento do nosso caminho terreno, para o dia em que a justiça e a paz serão plenamente restabelecidas. Sentimo-nos assim encorajados, através da diplomacia, que é a nossa tentativa humana, imperfeita, mas sempre preciosa, a trabalhar com zelo para antecipar os frutos deste desejo de paz, sabendo que a meta é possível», apontou.


 

Rui Jorge Martins
Fonte: Sala de Imprensa da Santa Sé
Publicado em 09.01.2020 | Atualizado em 08.10.2023

 

 
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