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Papa Francisco e os jovens em 10 frases

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Papa Francisco e os jovens em 10 frases

Do «façam barulho», pronunciado há três anos na sua primeira Jornada Mundial da Juventude, à exortação para sujar as mãos, recomendada há pouco mais de um mês: são algumas expressões, sob a forma de imperativo feliz, dirigidas aos jovens e pronunciadas exclusivamente de improviso, como Francisco gosta de fazer quando responde a perguntas ou acrescenta um pouco de pimenta aos seus discursos, deixando de lado o texto escrito preparado para a ocasião.

Propomos uma recolha de dez frases, na expectativa de outras surpresas "fora do programa" que o papa Francisco poderá reservar nos dias da próxima Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, Polónia, durante os dois encontros no Parque Jordan de Blonia (a cerimónia de acolhimento dos jovens, na próxima quinta-feira, 28 de julho, e a via-sacra da sexta-feira seguinte) e no "Campus Misericordiae" (vigília de sábado) e a missa conclusiva, no domingo, dia 31. A puxar por Francisco, segundo as previsões oficiais, estarão entre um milhão e meio e dois milhões de jovens, de 187 países.

Espero que façam barulho
«Desejo dizer-lhes qual é a consequência que eu espero da Jornada da Juventude: espero que façam barulho. Aqui farão barulho, sem dúvida. Aqui, no Rio, farão barulho, farão certamente. Mas eu quero que se façam ouvir também nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos.» (25/7/2013, Jornada Mundial da Juventude, Rio de Janeiro)

Não olhem a vida da varanda
«Por favor, não deixem para outros o ser protagonistas da mudança! Vocês são aqueles que tem o futuro! Vocês… Através de vocês, entra o futuro no mundo. Também a vocês, eu peço para serem protagonistas desta mudança. Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que estão surgindo em várias partes do mundo. Peço-lhes para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor. Queridos jovens, por favor, não olhem a vida da varanda, entrem nela.»  (25/7/2013, Jornada Mundial da Juventude, Rio de Janeiro)

Não beber a fé espremida
«Há a laranja espremida, há a maçã espremida, há a banana espremida, mas, por favor, não bebam fé espremida. A fé é integral, não se espreme». (25/7/2013, Jornada Mundial da Juventude, Rio de Janeiro)

Não aos jovens de museu, sim aos jovens santos
«Não devemos ter a psicologia do computador que pretende saber tudo. Todas as respostas estão no computador, nenhuma surpresa. Não a jovens de museus, mas jovens santos, e para serem santos precisam de usar três linguagens: pensar bem, ouvir bem, fazer bem. E deixar-se surpreender pelo amor, e esta é a boa vida.» (18/1/2015, viagem ao Sri Lanka e Filipinas)

Viver, em vez de ir vivendo
«É feio ver um jovem estático, que vive, mas vive como um vegetal. Dão-me muita tristeza ao coração os jovens que vão para a reforma aos 20 anos! Sim, envelheceram cedo... Viver, não ir vivendo!» (21/6/2015, viagem a Turim)

Sonhai grandes coisas
«Sonhai grandes coisas. Sonhai que convosco o mundo pode ser diferente. Se vós derdes o melhor de mós mesmos estais a ajudar o mundo a ser diferente. Não esquecer, sonhar. (...) As pessoas têm dois olhos, um de carne e um de vidro. Com o olho de carne cemos aquilo que olhamos. Com o olho de vidro vemos aquilo que sonhamos.» (20/9/2015, viagem a Cuba)

Aprendamos a chorar
«Convido cada um de vós a perguntar-se: Aprendi eu a chorar? Quando vejo uma criança faminta, uma criança drogada pela estrada, uma criança sem casa, uma criança abandonada, uma criança abusada, uma criança usada como escravo pela sociedade? Oh! O meu não passa do pranto caprichoso de quem chora porque quereria ter mais alguma coisa? Esta é a primeira coisa que vos queria dizer: aprendamos a chorar.» (18/1/2015, viagem ao Sri Lanka e Filipinas)

Sede castos, sede castos
«E a vós jovens deste mundo, deste mundo hedonista, neste mundo onde só o prazer é publicitado, passar bem, levar uma vida descontraída, eu digo-vos: sede castos, sede castos.» (21/6/2015, viagem a Turim)

É preciso andar contracorrente
«Não queremos jovens "fracotes", jovens estão por ai e nada mais, nem sim nem não. Não queremos jovens que se cansam rápido e que vivem cansados, com cara de tédio. Queremos jovens fortes. Queremos jovens com esperança e fortaleza. Porquê? Porque conhecem Jesus, porque conhecem Deus. Porque têm um coração livre. Solidariedade. Trabalho. Esperança. Esforço. Conhecer Jesus. Conhecer a Deus, minha fortaleza. Um jovem que viva assim, tem cara de tédio? Tens um coração triste? Esse é o caminho! Mas para isso, é preciso sacrifício, é preciso ir contracorrente. As bem-aventuranças, que lemos há pouco, são o plano de Jesus para nós. O plano é um plano contracorrente. Jesus diz-lhes: "Felizes os que têm alma de pobre". Não diz: "Felizes os ricos, que acumulam dinheiro". Não. Aqueles que têm a alma de pobre, que são capazes de aproximar-se e entender o que é um pobre. Jesus não diz: "Felizes aqueles que gozam da vida", mas diz "felizes aqueles que têm capacidade de afligir-se com a dor dos outros".» (12/7/2015, viagen ao Equador, Bolívia e Paraguai)

Quem não arrisca não caminha
«Já repeti muitas vezes: arrisca! Arrisca. Quem não arrisca não caminha. "Mas se eu errar?" Bendito o Senhor. Errarás mas se permaneceres parado, parada: este é o erro, o erro terrível, o fechamento. Arrisca. Tenta ideais nobres, sujando as mãos, arrisca como fez aquele samaritano da parábola. Quando estamos mais ou menos tranquilos na vida, há sempre a tentação da paralisia. Não arriscamos: estamos tranquilos, quietos (...). Aproxima-te dos problemas, sai de ti mesmo e arrisca, arrisca. Caso contrário a tua vida lentamente tornar-se-á paralisada; feliz, contente, com a família mas estacionada — para usar a tua palavra. É muito triste ver vidas estacionadas; é muito triste ver pessoas que parecem mais múmias de museu que seres vivos. Arrisca! Arrisca.» (Encontro em Villa Nazareth, 18/6/2016)

 

M. Michela Nicolais
In "SIR"
Edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 23.07.2016 | Atualizado em 19.04.2023

 

 

 
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Não queremos jovens "fracotes", jovens estão por ai e nada mais, nem sim nem não. Não queremos jovens que se cansam rápido e que vivem cansados, com cara de tédio. Queremos jovens fortes. Queremos jovens com esperança e fortaleza. Porquê? Porque conhecem Jesus, porque conhecem Deus. Porque têm um coração livre
Aproxima-te dos problemas, sai de ti mesmo e arrisca, arrisca. Caso contrário a tua vida lentamente tornar-se-á paralisada; feliz, contente, com a família mas estacionada — para usar a tua palavra. É muito triste ver vidas estacionadas; é muito triste ver pessoas que parecem mais múmias de museu que seres vivos
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