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Bíblia

Luís Miguel Cintra leu o Apocalipse

A Capela do Rato, em Lisboa, recebeu a 26 de Junho o encenador e ator Luís Miguel Cintra, que leu os 22 capítulos do livro bíblico do Apocalipse – palavra que significa “Revelação”.

A literatura apocalíptica consiste frequentemente numa resposta a uma situação de crise, que neste caso é manifestada pelas inúmeras alusões a perseguições e martírios.

É provável que o autor tenha presente a perseguição que o Império Romano dirigiu contra as igrejas da Ásia no tempo do imperador Domiciano, cerca do ano 95. Dentro da comunidade também havia perseguições originadas pelos seguidores de heresias, sobretudo nicolaítas e marcionitas, bem como por aqueles que prestavam culto ao imperador.

O livro responde às inquietações da comunidade crente insistindo na fé e na esperança, com as quais se deve esperar a salvação e o juízo de Deus.

Tanto a realidade da ameaça do mal como as promessas de Deus de conservar a sua Igreja são válidas para todos os tempos.

Para a maior parte dos exegetas o livro não pode ser atribuído ao mesmo autor do quarto Evangelho e da primeira carta de João, seja ele quem for, embora se admita a possibilidade de o texto ter origem numa escola de pensamento joanino.

A leitura, da qual apresentamos um vídeo com os dois primeiros capítulos, seguiu a primeira tradução da Bíblia para português, feita por João Ferreira Annes d’Almeida no séc. XVII.

 

 

 

rm
© SNPC | 03.07.10

Imagem
Ilda David', Apocalipse (det.)

 

 

 

 

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