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Cristianismo e cultura

Bispo do Porto lamenta "humanidade de tantos" deixada na "valeta da indiferença"

“Os assaltos são permanentes e não roubam apenas coisas”: o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, denunciou este domingo os “trágicos caminhos, grandes solidões e enormes desamparos” que marcam a sociedade atual.

“Rouba-se a transparência dos novos, rouba-se a sabedoria dos velhos; rouba-se o ideal dos jovens, rouba-se o sustento dos adultos; roubam-se disponibilidades, sonhos e projetos”, declarou o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais na missa em que ordenou três padres e quatro diáconos.

O prelado referiu-se à “escassa educação para os valores essenciais da verdade, da bondade e da beleza”, e à “pouca prioridade que se dá à família, como célula base do organismo social, onde se possa aprender com espaço e tempo o convívio intergeracional, a complementaridade masculino–feminino, a memória das coisas e a solidariedade essencial”.

Na celebração realizada na Sé do Porto, D. Manuel Clemente lamentou também “o pouco respeito pela dignidade da pessoa humana”, a “exorbitância da moda, a secundarização dos menos hábeis ou habilitados, ou a banalização da pornografia, do mau gosto e dos maus consumos”.

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Depois de sublinhar que as vítimas são apanhadas “sós ou solitárias”, o prelado afirmou que “muita gente agredida fica também incapaz de protestar, de recuperar, de se refazer”.

“Quanta honra perdida, quanta dignidade ferida, nalgum excesso mediático que nunca se desfaz, mesmo que contraditado! – Quanto desânimo irrecuperável, quanto motivação desfeita, quanto propósito desconsiderado, porque – como se ouve – ‘assim não vale a pena'!”, assinalou D. Manuel Clemente na homilia.

Perante a “humanidade de tantos e tantas” deixada “na valeta das nossas indiferenças”, o bispo do Porto lembrou que a identidade dos padres e diáconos traduz-se em “aproximação e cuidado dos outros”, recuperando “todos os sós e abatidos” e recolhendo-os “em comunidades de hospitalidade e serviço”.

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Dirigindo-se aos sete ordinandos, o prelado salientou que “a única excelência e qualidade” do seu serviço à Igreja e à sociedade garantem-se “exclusivamente” em gestos inspirados na compaixão de Cristo, continuada neles “para bem de todos”.

 

rm
In Agência Ecclesia
Fotografias: Ordenações em 11.7.2010 (Fonte: Diocese do Porto)
12.07.10

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Ordenação

 

 

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