Debate
"Diálogo em tempo de escombros" ao vivo (3)
O livro “Diálogo em tempo de escombros”, resultante da troca de “e-mails” entre o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, e o jornalista José Manuel Fernandes, transformou-se a 11 de Outubro num encontro ao vivo entre os dois protagonistas, realizado na Capela do Rato, em Lisboa.
Nesta terceira parte, o prelado salienta que as invasões francesas deixaram o país completamente destroçado: comércio, manufatura, redes de trocas, comunicações. Levou muito tempo para recompor essas estruturas.
O panorama agravou-se com o desaparecimento das instituições culturais, desta vez não por culpa dos gauleses. Em 1759 foi eliminada de uma penada a rede de 30 colégios gratuitos que os Jesuítas tinham no país. Só foram substituídos por um conjunto de colégios nas mesmas condições no século XX. E em 1834 foram extintas todas as congregações religiosas masculinas: as bibliotecas dispersaram-se, as escolas fecharam. A universidade portuguesa foi várias vezes interrompida.
Ao contrário de outras partes da Europa, Portugal permaneceu rural, paternalista, autoritário, bastante infantilizado e com sistemas eleitorais restritos, já que os seus protagonistas não tinham confiança num povo que não educavam.
No meio destas vicissitudes manteve-se com grande consistência uma rede de humanismo, que é o nosso melhor capital para o futuro.
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21.10.10
"Diálogo em tempo de escombros" ao vivo (1) | VÍDEO |
"Diálogo em tempo de escombros" ao vivo (2) | VÍDEO |
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"Diálogo em tempo de escombros" ao vivo (5) | VÍDEO |
Diálogo em tempo de escombros