A Bíblia: entre culto e cultura
Há quarenta anos atrás, o Concílio Vaticano II determinava: «é preciso que os fiéis tenham acesso patente à Sagrada Escritura» (D.V. 22) - ela é «como que a alma» tanto da teologia (D.V.24), como da praxis cristã (D.V.21)! Tal afirmação suscitou uma grande energia no tecido eclesial. Estas décadas passadas contribuíram para alterar significativamente o modo como a Bíblia era olhada: a reforma litúrgica explicitou o lugar dela como centro da vida da Igreja; passou-se do uniforme predomínio da Vulgata para um incremento da tradução, aprofundamento e divulgação dos textos bíblicos; os estudos exegéticos conheceram um incremento notável e o seu valor foi sendo cada vez mais reconhecido no âmbito da comunidade científica e entre os fiéis; o diálogo ecuménico ganhou um firme pólo de união; o papel da Bíblia na Teologia aprofundou-se e contribuiu largamente para a renovação teológica; a “apropriação” da Escritura cimentou-se através de cursos, itinerários catequéticos, publicações especializadas, páginas na Internet...
O Sínodo de Outubro próximo, em Roma, sobre «A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja», bem como o anunciado Ano Paulino, contribuem para colocar, ainda com maior insistência, a Bíblia no centro da vida e da reflexão da Igreja. Ela é, por isso, o tema deste «Observatório».
© SNPC - 25.03.2008
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