A Igreja na sociedade
A nossa sociedade, apesar de constituída por uma população que continua a declarar-se maioritariamente católica, está cada vez mais laicizada na cultura ambiente e mais influenciada pela perspectiva naturalista da vida. Uma avaliação do homem e da sociedade sem referência aos valores cristãos, ou mesmo uma referência à perspectiva da transcendência, é sistemática e propositadamente proposta, como se se tentasse libertar a cultura e a sociedade de qualquer influência da Igreja e da compreensão cristã da existência. É a esta sociedade concreta que a nossa Igreja é enviada, com a marca cristã da cultura, a sua visão de pessoa humana, com a sua mensagem de esperança, humanizante e libertadora.
Perante esta situação não basta lastimar-se, é preciso agir. Os cristãos que podem intervir, através do pensamento e da reflexão, nos diversos “palcos” onde se forma a opinião, não devem hesitar em fazê-lo. Só os cristãos inseridos no tecido concreto da sociedade, na família, na economia, na política, nos serviços, no mundo do trabalho, podem contribuir para uma visão da vida inspirada em Cristo e no seu Evangelho. Essa é missão específica dos leigos na sociedade. Privilegiaremos, neste debate cultural, a vasta doutrina da Igreja sobre a sociedade, conhecida como doutrina social da Igreja. Neste contexto, os cristãos não podem dispensar-se de a conhecer e de analisar à sua luz a realidade da sociedade em que estão inseridos e são chamados a exercer a sua missão.
D. José Policarpo
in Programa Diocesano de Pastoral 2007-8
Publicado em 10.09.2007
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