Não evangelizamos paredes, mas pessoas que vivem no mundo real
Durante o Congresso Missionário Nacional, que decorreu em Fátima de 3 a 7 de Setembro, D. António Couto, Presidente da Comissão Episcopal das Missões, declarou que a perspectiva eclesiástica não pode ser caracterizada por uma atitude passiva de esperar para ver: “A maior parte das pessoas estão fora da Igreja e temos o dever de entrar em contacto com elas.” No entanto, continuou o prelado, os padres não podem nem devem fazer isso sozinhos, pelo que os leigos devem ser preparados para essa responsabilidade.
D. António Couto, Bispo auxiliar de Braga, insistiu na necessidade de transferir algumas funções dos padres para os leigos: “Os modernos pronunciamentos da Igreja ensinam-nos que onde não existe uma presença séria dos leigos, a fé não consegue ganhar raízes: uma hierarquia ministerial não é suficiente; uma acção de longo alcance é igualmente precisa naqueles grupos sociais onde a vida das pessoas se desenrola: nas famílias, nas escolas e no trabalho”. “Estes são os lugares nos quais a mensagem da Boa Nova deve crescer e dar fruto, e não apenas nas sacristias, nas salas paroquiais e nas próprias igrejas.”
Neste sentido o padre tem de abandonar o antigo papel de único protagonista, sendo essencial revitalizar as comunidades com leigos preparados para acompanhar aqueles que têm necessidades dentro das paróquias e para estender uma mão acolhedora àqueles que, fora delas, vêm pedir ajuda.
“Não são as paredes que evangelizamos, mas as pessoas que vivem no mundo real. É por isso que é importante ter experiência daquilo que acontece no mundo para estar pronto a dar palavras de conforto e oferecer ajuda concreta.”
NB: Tradução do Inglês
in Agência SIR
11.09.2008
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