A persistência dos tibetanos católicos
A 21 de Setembro de 1854, o P. Renou instala-se no vale de Bonga, onde funda a primeira missão católica do Tibete. Bonga marca o início de uma aventura apostólica que, durando perto de um século (1854-1952), receberá a colaboração de mais de sessenta missionários franceses e suíços. Apesar de um clima totalmente hostil, a actividade missionária floresce, principalmente nos vales de Saluen, do Alto Mékong e do Yangtsé.
Hoje existem mais de dez mil tibetanos católicos, isolados do mundo, esperando a cada dia, em oração, o regresso dos padres. Neste périplo, o autor das imagens que vos propomos, Constantin de Slizewic, filmou e fotografou as igrejas, campas, fotos, bibliotecas, vinhas, hospícios, relíquias, objectos e escritos que testemunham a fé cristã daquele povo.
As fotografias ilustram também o seguimento, durante dois meses, do P. Tang, de 28 anos, que por sua conta e risco veio da cidade de Xian para conceder os sacramentos a estes cristãos, que em cinquenta anos raramente tiveram a visita de um presbítero.
O acompanhamento da vida destes fiéis deu origem a um documentário de 40 minutos, intitulado “Um Natal no Tibete”: pela primeira vez em vários anos celebra-se a Missa que assinala e actualiza o nascimento de Jesus. O filme, co-realizado com Jean-Baptiste Warluzel e Falk van Gaver, retrata a vida destes tibetanos na China, duplamente perseguidos devido à sua nacionalidade e religião. O documentário recebeu um dos prémios da edição de 2007 do Festival Religion Today.
Veja as fotografias de Constantin de Slizewic.
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Texto: Constantin de Slizewic
© SNPC: Tradução | Publicado em 13.11.2007
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