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Misterio del Cristo de los Gascones

Em colaboração com o Festival de Almada, o Teatro da Cornucópia vai apresentar a Companhia Espanhola Nao D’Amores numa curta série de representações no Teatro do Bairro Alto, Lisboa, com um espectáculo de características excepcionais: Misterio del Cristo de los Gascones.

O grupo é dirigido por Ana Zamora que reuniu um grupo de profissionais procedentes do Teatro Clássico, do Teatro de Títeres e da Música Antiga, para desenvolver um trabalho de investigação e encenação de textos do Teatro Renascentista. Como ponto de partida, está o seu interesse pelos dramaturgos que não fazem parte do repertório habitual, mas que constituem plataformas básicas para a compreensão da evolução da história dramática de Espanha. Longe de pretender uma reconstrução arqueológica, o processo de encenação articula processos teatrais muito primitivos numa óptica contemporânea, para reivindicar o factor teatral no seu carácter específico, único e irrepetível.

Trata-se da recreação da cerimónia litúrgica que se representava na Igreja de São Justo em Segóvia, para a qual se construiu o Cristo de los Gascones, uma cópia da imagem românica articulada de Cristo, em tamanho natural, que está na Igreja de San Justo de Segóvia, e que aqui estrutura toda a acção cénica, reivindicando a memória de um teatro primitivo, impressionantemente austero, quase ritual, comovente e por momentos até divertido.

Através de uma dramaturgia realizada a partir de textos históricos de procedência diversa, mediante a investigação e a interpretação ao vivo de peças musicais que pudessem articular uma cerimónia deste tipo, a Companhia Nao D’Amores desenvolveu uma encenação que combina o trabalho dos actores com o teatro de títeres, e que supõe uma aproximação às origens do teatro moderno. Uma viagem aos finais da Idade Média para transmitir um microcosmos construído à base de símbolos, figuras alegóricas e metáforas, onde cada parte está em função de um todo. Os textos são a revelação de uma poesia medieval peninsular quase desconhecida. Um enorme êxito de crítica e público, capaz de tocar os mais diferentes públicos.

No espectáculo participa, além de quatro actores manipuladores, uma pequena orquestra de música antiga com cinco músicos que tocam uma série de peças procedentes de fontes diversas, como o Cancioneiro de Segóvia, ou o Cancioneiro de Palácio. A direcção é de Ana Zamora e a direcção musical de Alicia Lázaro.

A peça, em castelhano, terá seis representações no Teatro do Bairro Alto, nos dias 15, 16 e 17 de Julho às 21h30, integrado no Festival de Almada, prosseguindo nos dias 18 e 19 de Julho às 21h30 e 20 de Julho às 17h00.

 

Veja um excerto da representação

Direcção Geral das Artes | Teatro da Cornucópia

10.07.2008

 

 

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