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Música

"Joana d'Arc na fogueira", de Paul Claudel, sobe ao palco da Gulbenkian

O Coro e Orquestra Gulbenkian apresentam esta quinta e sexta-feira (15 e 16 de março) “Joana d’Arc na fogueira”, a partir do libreto de Paul Claudel e composição de Artur Honegger.

A atriz Fanny Ardant vai subir ao palco do Grande Auditório, em Lisboa, «para encarnar a heroína nacional francesa», numa «obra marcante da música do século XX» composta para dois narradores, coro e orquestra, refere o site da Gulbenkian.

A oratória, que no dia 15 é interpretada às 21h00 e a 16 às 19h00, vai ser cantada em francês e terá legendas em português.

A vida de Joana d’Arc (c. 1412-1431), declarada santa (canonizada) em 1920 e uma das padroeiras de França, foi o tema da audiência geral que Bento XVI concedeu a 26 de janeiro de 2011, de que apresentamos um excerto.

«No início do ano de 1429, Joana começa a sua obra de libertação. Os numerosos testemunhos mostram-nos esta jovem de apenas 17 anos como uma pessoa muito forte e determinada, capaz de convencer homens inseguros e desanimados. Superando todos os obstáculos, encontra o Delfim da França, o futuro Rei Carlos VII, que em Poitiers a submete a um exame da parte de alguns teólogos da Universidade. O seu juízo é positivo: nela não veem nada de mal, mas só uma boa cristã.

A 22 de março de 1429, Joana dita uma importante carta ao Rei da Inglaterra e aos seus homens que assediam a cidade de Orléans. A sua proposta é de verdadeira paz na justiça entre os dois povos cristãos, à luz dos Nomes de Jesus e de Maria, mas é rejeitada, e Joana deve empenhar-se na luta pela libertação da cidade, que tem lugar no dia 8 de maio.
O outro momento culminante da sua obra é a coroação do Rei Carlos VII em Reims, no dia 17 de julho de 1429.

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Durante um ano inteiro, Joana vive com os soldados, realizando no meio deles uma verdadeira missão de evangelização. São numerosos os testemunhos relativos à sua bondade, à sua coragem e à sua pureza extraordinária. É chamada por todos e ela mesma se define «a donzela», ou seja, a virgem.

A paixão de Joana tem início a 23 de maio de 1430, quando cai prisioneira nas mãos dos seus inimigos. No dia 23 de dezembro é conduzida à cidade de Rouen. É ali que se realiza o longo e dramático Processo de Condenação, que começa em fevereiro de 1431 e termina a 30 de maio, com a fogueira. (...)

Santa Joana d’Arc convida-nos a uma medida alta da vida cristã: fazer da oração o fio condutor dos nossos dias; ter plena confiança no cumprimento da vontade de Deus, qualquer que ela seja; viver a caridade sem favoritismos, sem limites e, como ela, haurindo do Amor de Jesus um profundo amor pela Igreja.»

FotoPaul Claudel

Paul Claudel (1868-1955) converteu-se ao catolicismo na véspera de Natal de 1886, quando escutava o “Magnificat” cantado numa celebração litúrgica na catedral de Paris.
«Ali se deu o acontecimento que domina toda a minha vida. Num momento, o meu coração sentiu-se tocado, e tive fé (…) não ficava margem para nenhuma espécie de dúvida», escreveu em 1913.

Além de romances, peças teatrais e ensaios, o autor francês compôs também poemas que foram buscar inspiração à poesia bíblica. Em 1946 foi escolhido como membro da Academia Francesa.

O Teatro da Cornucópia, em Lisboa, apresentou em janeiro o monólogo “Morte de Judas”, também de Paul Claudel, texto que à semelhança do ano de estreia em Portugal, 2011, foi interpretado por Dinarte Branco.

 

 

 

 

 

 

 

© SNPC | 15.03.12

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Joana d'Arc
Roger de la Fresnaye

 

 

 

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