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Diálogo

Para uma Pastoral da Cultura do acolhimento, da escuta e da amizade

O padre e poeta José Tolentino Mendonça considera que a relação da Igreja com a sociedade deve ser regida pelo acolhimento mútuo, e não por uma «competição entre verdades» em que «facilmente se entra num diálogo de surdos».

Em entrevista ao programa Ecclesia transmitido esta segunda-feira na RTP-2, o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura sublinhou a necessidade de os católicos «deixarem cair preconceitos» e «arriscarem ir mais longe» na hospitalidade.

O sacerdote madeirense está convicto de que o percurso comum entre os católicos e o mundo da cultura só pode ser construído «quando se vence a lógica da rivalidade e os interlocutores sentem que a Igreja não constitui uma ameaça», mas é constituída por «pessoas capazes de ouvir e respeitar a história sagrada que cada ser humano constrói».

Os humanismos de diferentes origens são «ponto de partida comum para o diálogo» e a cultura é «um lugar de encontro» onde a Igreja é chamada a expressar «um novo modo de presença» que se consolida com a «afirmação» da sua identidade, bem como através da «escuta», «amizade» e «caminho solidário».

A Pastoral da Cultura «desenvolve-se numa fronteira» onde converge «a estética, o espetáculo, a beleza, a economia, a política, as tradições», num mundo «muito plural» onde coexistem diversas «bolsas de sentido e de esperança».

O padre Tolentino Mendonça, que desde outubro é um dos vice-reitores da Universidade Católica Portuguesa, salientou também que a Igreja precisa de explicar melhor a sua mensagem.

A principal dificuldade não reside na qualidade do «marketing» ou da «publicidade» eclesial, nem a solução passa por adotar um «discurso mais atraente», mas por torná-lo «mais presente, aberto e compreensível».

O biblista vincou ainda que o facto de «as comunidades ativas na sua fé» serem uma «minoria» na sociedade implica consequências na forma como a Igreja organiza as suas atividades apostólicas.

«Não podemos viver na ilusão de que toda a gente sabe, conhece e está envolvida [no catolicismo] nem podemos dar como adquirido o conhecimento de Jesus», afirmou o sacerdote, para quem a nova evangelização em Portugal passa, «em grande medida, pelo primeiro anúncio» dos fundamentos do cristianismo.

 

 

 

Rui Jorge Martins
In Agência Ecclesia
15.11.12

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© Cameron Davidson/Corbis



















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