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Brotéria: da expulsão dos Jesuítas na República à educação no Brasil

A edição de Agosto/Setembro da revista Brotéria, publicada pelos Jesuítas portugueses desde 1902, abre com um artigo com fotografias, gravuras e gráficos relativos às prisões e expulsão dos membros daquela congregação na sequência da Implantação da República.

«Não se trata nem de uma ‘defesa’ nem de reabrir feridas ou polémicas… Trata-se apenas, e é preciso fazê-lo, de dar a conhecer aspetos negativos da verdade histórica – intolerância, perseguição religiosa, calúnias – que fizeram parte da ‘revolução republicana’ e que, segundo alguns, terão sido as principais causas do posterior fracasso da I República, que veio a desembocar primeiros em Sidónio Pais e posteriormente na ditadura do Estado Novo”, refere o texto de apresentação deste número.

As páginas seguintes da revista de «Cristianismo e Cultura» incluem o documento “A visita do papa Bento XVI a Portugal, a Encíclica ‘Caritas in Veritate’ e a sociedade portuguesa”, publicado em Setembro pelo Gabinete de Estudos pastorais da Conferência Episcopal Portuguesa, departamento coordenado pelo diretor da Brotéria, padre António Vaz Pinto.

O juiz de Direito Pedro Vaz Patto escreve sobre “A lei de identidade de género e os limites da omnipotência do lesgislador”, partindo de um projeto de lei do Bloco de Esquerda que permite «a pessoas transexuais a mudança de registo de sexo no assento de nascimento» somente através de via administrativa.

«Pretende-se que fiquem essas pessoas dispensadas de (como tem sucedido até aqui) recorrer aos tribunais quando se tenha concretizado, através de operação cirúrgica, essa mudança de características físicas.»

Em “O Franciscanismo na Idade Média”, o professor universitário brasileiro José D’Assunção Barros procura elaborar uma «visão panorâmica» sobre o desenvolvimento daquela ordem religiosa nascida no século XIII, no âmbito da História da Religiosidade e da História Social e Política.

O docente reflete igualmente sobre a «diversidade interna» da congregação.

A “Contribuição do Padre Manuel da Nóbrega nos primórdios da nação brasileira” é apresentada por Aníbal Gil Lopes, padre da diocese do Rio de Janeiro, professor da Faculdade de Medicina daquela cidade e sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

Em 1548, o rei D. João III nomeou o sacerdote como superior de um grupo de jesuítas que acompanhariam o Governador Geral, Tomé de Souza, ao Brasil. Segundo o autor, Manuel da Nóbrega evidenciou-se como «o primeiro organizador do ensino no Brasil», embora «a sua visão ousada» tenha colidido com «os interesses dos poderosos do seu tempo».

Este número volume inclui ainda a segunda parte do estudo “Claude Lévi-Strauss, entre filosofia e antropologia”, de Acílio Estanqueiro Rocha, a revisitação de uma das antigas edições da Brotéria e a secção de recensões.

 

Rui Martins
© SNPC | 17.10.10

Foto
Detenção de um padre jesuíta























Foto
Medição do rosto
de um padre jesuíta detido

 

Ligações e contactos
Assinaturas e distribuição: broteria@gmail.com; telef.: 21 396 16 60

 

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