Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura - Logótipo
secretariado nacional da
pastoral da cultura
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura - Logótipo
secretariado nacional da
pastoral da cultura

Deus só pede que o coração se abra «um bocadinho» para entrar, diz papa, que comenta Bem-aventuranças

Deus só pede que o coração se abra «um bocadinho» para entrar, diz papa, que comenta Bem-aventuranças

Imagem Francesco Scatena/Bigstock.com

Recusar o egoísmo e o fechamento e estar aberto a Deus e ao próximo constituíram algumas das principais linhas da homilia que o papa proferiu hoje, no Vaticano, na qual comentou as Bem-aventuranças (Mateus 5, 1-12), proclamadas no Evangelho desta segunda-feira.

«[Deus] só nos pede que a porta do coração esteja aberta pelo menos um bocadinho», e a partir daí Ele «arranja maneira de entrar», afirmou Francisco, citado pela Rádio Vaticano.

Nos pobres, «o coração abre-se com uma atitude de pobreza, de pobreza de espírito», apontou o papa, que evocou todos os que «sabem chorar», a «mansidão do coração», os «esfomeados de justiça, que lutam pela justiça» e os «que têm misericórdia em relação aos outros».

Também «os puros de coração; os que promovem a paz e aqueles que são perseguidos por causa da justiça, por amor à justiça»: «Assim abre-se o coração e o Senhor vem com o dom da consolação e a missão de consolar os outros».

Ao contrário, vincou Francisco, são «fechados» aqueles que se sentem «ricos de espírito», autossuficientes, «aqueles que não precisam de chorar porque se sentem justos», «aqueles de coração sujo», os que fazem a guerra.

O papa obervou que o Evangelho das Bem-aventuranças indica «quem são os felizes» e vincou que a consolação concedida por Deus, «que é uma experiência espiritual, precisa sempre de uma alteridade para ser plena», porque «ninguém se pode consolar a si mesmo, ninguém».

«Quem procura fazê-lo, acaba por olhar-se ao espelho, procura maquilhar-se a si próprio, procura aparece. Consola-se com estas coisas fechadas que não o deixam crescer e o ar que respira é aquele ar narcisista da autorreferencialidade», assinalou.

Por isso, «a consolação é um estado de passagem do dom recebido ao serviço dado»: «Se eu deixo entrar a consolação do Senhor como dom é porque tenho necessidade de ser consolado. Sou necessitado: para ser consolado é preciso reconhecer que se é necessitado.

«Apenas assim o Senhor vem, consola-nos e dá-nos a missão de consolar os outros. E não é fácil ter o coração aberto para receber o dom e fazer o serviço, as duas alteridades que tornam possível a consolação», frisou.

Durante a manhã Francisco deu início à 20.ª reunião do grupo de nove cardeais que o aconselham mais proximamente. Os trabalhos terminam na quarta-feira.



 

SNPC
Fonte: Rádio Vaticano
Publicado em 12.06.2017

 

 
Relacionados
Destaque
Pastoral da Cultura
Vemos, ouvimos e lemos
Perspetivas
Papa Francisco
Teologia e beleza
Impressão digital
Pedras angulares
Paisagens
Umbrais
Mais Cultura
Vídeos