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Aretha Franklin, Andrea Bocelli, música, pintura e cinema no Encontro Mundial de Famílias

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Aretha Franklin, Andrea Bocelli, música, pintura e cinema no Encontro Mundial de Famílias

O Festival das Famílias, que decorre este sábado na cidade norte-americana de Filadélfia, vai contar com a presença de vários artistas mundialmente conhecidos, como os cantores Aretha Franklin e Andrea Bocelli.

Antes da chegada, na noite de sábado, do papa à vigília de oração do Encontro Mundial, ele que no domingo preside à missa que encerra a iniciativa, a organização apresenta, em dois palcos, um conjunto de eventos musicais e artes visuais que vai ser transmitido em direto para os EUA.

Francisco, que terá oportunidade de assistir a vários momentos do Festival, escutará o testemunho de seis famílias de diferentes continentes e dirigirá algumas palavras a mais de milhão de pessoas esperadas no encontro.

Entre as dezenas de grupos culturais, instituições educacionais e organizações espirituais que vão passar pelo Festival incluem-se personalidades do mundo da música e do cinema, como é o caso do produtor e ator Mark Wahlberg, nomeado para um Óscar.

Aretha Franklin, conhecida por "Rainha do Soul", iniciou a carreira musical há seis décadas como cantora de "gospel", tendo ganho o prémio Grammy por 18 vezes, além da mais alta distinção civil dos EUA.

O tenor italiano Andrea Bocelli, o cantor colombiano Juanes, que se destaca entre os artistas de língua espanhola com mais de 16 milhões de discos vendidos, a banda norte-americana Sister Sledge, que pontificaram nos anos áureos do "disco sound", e a Orquestra de Filadélfia são alguns dos intervenientes no encontro.

Também no plano cultural, o Encontro Mundial de Famílias, que começou na terça-feira, incluiu um festival de cinema com 12 filmes, bem como exposições sobre a Bíblia e os esplendores artísticos do Vaticano.

Para assinalar a realização da iniciativa, os organizadores, a arquidiocese de Filadélfia e o Programa de Artes Murais do município encomendaram ao artista mexicano Cesar Viveros um mural, que o criador intitulou "O sagrado agora: fé e família no século XXI".

Constituído por 153 painéis individuais, a obra foi pintada separadamente a várias mãos, desde junho, resultando num mural coletivo que contou com a participação de alunos de escolas secundárias e membros de outras instituições da "Cidade do Amor Fraternal" (Filadélfia deriva de dois termos gregos, "philos", amor, e "adelphos", irmão).

Alguns painéis foram reservados para os participantes no Encontro Mundial de Famílias, alargando a composição do mural a pessoas de vários pontos do globo. A obra ficará completa em novembro.

«Quando as pessoas vierem ver o mural, quero que se vejam a si próprias nas imagens que falam das relações existentes entre a nossa família, não só aquela fechada nas nossas quatro paredes, como a minha mulher e filhos, ou na nossa família alargada dos nossos irmãos e irmãs, os nossos pais e avós, netos e netas, mas para além dos nossos parentes de sangue, chegando até aos nossos irmãos e irmãs na mesma fé que nós professamos, e ainda mais além, na figura daqueles que podem ter diferenças da nossa fé mas ainda têm algo em comum connosco pelo facto de que nós todos somos famílias de fé», escreveu Viveros.

Na declaração que acompanhou a revelação do painel, o artista explicou que o lado esquerdo e o centro do mural evocam as relações humanas, interação, inclusão, compaixão, a par de «todos os momentos da vida» que permitem a oportunidade de partilhar quem se é por se viver a «missão de amor».

O lado direito do mural que ficará instalado na escola "Saint Malachy", na região norte da cidade da costa leste dos EUA, «fala mais sobre as relações pessoais que alimentam» a vida: «A pura crença, a fé dessas coisas que não tocamos mas que acreditamos que existem».

«Estas ideias são representadas com a imagem de uma criança, dado que eu quero acreditar que a infância é a idade em que as nossas crenças são mais puras, e é bom lembrar que por vezes devemos viver plenamente vivos, como uma criança pode viver. Isto é o que eu vejo quando vejo os olhos dos meus filhos: um sentimento de crença e esperança que me mantém em movimento», refere Cesar Viveros, que termina o texto com um testemunho: «A maior alegria que tenho é a minha família».

 

Festa das Famílias - Atuações musicais e intervenção do papa Francisco (a partir do minuto 18:20) - Filadélfia, 26.9.2015 (diferido)

 




Rui Jorge Martins
Publicado em 27.09.2015 | Atualizado em 29.04.2023

 

 

 
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Constituído por 153 painéis individuais, a obra foi pintada separadamente a várias mãos, desde junho, resultando num mural coletivo que contou com a participação de alunos de escolas secundárias e membros de outras instituições da "Cidade do Amor Fraternal"
«Quando as pessoas vierem ver o mural, quero que se vejam a si próprias nas imagens que falam das relações existentes entre a nossa família, não só aquela fechada nas nossas quatro paredes, como a minha mulher e filhos, ou na nossa família alargada dos nossos irmãos e irmãs, os nossos pais e avós, netos e netas, mas para além dos nossos parentes de sangue»
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