«Peço ao Espírito Santo para me ajudar a escolher as palavras necessárias para chegar ao coração das pessoas», revelou esta terça-feira a Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.
A seguir ao encenador Jorge Silva Melo, a jurista foi a segunda convidada do ciclo de conversas sobre Deus, com a jornalista Maria João Avillez, organizado pela Capela do Rato, em Lisboa.
Depois de recordar os primeiros passos na fé, transmitida «na ternura dos afetos familiares», Assunção Cristas evocou a infância, especialmente no período natalício, com mais Menino Jesus e menos Pai Natal, e no colégio.
«Meninas, onde está a caridade?» era uma pergunta recorrente da Mãe, que também a sensibilizou, assim como às três irmãs e um irmão, para a necessidade de fazer render os talentos.
Detendo-se no Deus Trindade, Assunção Cristas contou como a sua visão de Deus Pai, Filho e Espírito Santo evoluiu com a idade, sublinhando a proximidade com Jesus, «companheiro de vida», e o Espírito Santo.
Qualifica a relação com Deus como natural e marcada pelo desejo, embora não faltem momentos de dúvida, e talvez por isso afirma: «O que peço mais para a minha família é fé».
Do envolvimento na argumentação contra o aborto até ao Governo percorreu um caminho inspirado por Jesus, que a ajudou a pesar os prós e contras de entrar na política, que classifica como uma das formas mais nobres de serviço público.
Após destacar o primado da consciência na ação governativa, Assunção Cristas referiu-se ao modo como fala aos filhos de Deus e da política, terminando a conversa, de que apresentamos excertos em vídeo, a falar sobre o seu «bom combate».
O ciclo prossegue na próxima quarta-feira, às 21h30, com Marcelo Rebelo de Sousa.
Rui Jorge Martins