Paisagens
Pedras angulares A teologia visual da belezaQuem somosIgreja e CulturaPastoral da Cultura em movimentoImpressão digitalVemos, ouvimos e lemosPerspetivasConcílio Vaticano II - 50 anosPapa FranciscoBrevesAgenda VídeosLigaçõesArquivo

Jornada Nacional da Pastoral da Cultura 2013

Bispo auxiliar do Porto recusa «gritaria» para resolver «tremenda realidade» do desemprego juvenil e denuncia facilitismo na família e educação

D. Pio Alves, um dos bispos auxiliares do Porto, considera que «entrar na gritaria pela gritaria, na acusação pela acusação» para resolver a «tremenda realidade do desemprego» juvenil não contribui «para uma verdadeira reconstrução da esperança».

«O acesso à realidade do trabalho, mormente para os jovens, é, nas atuais circunstâncias, uma tarefa de tal modo árdua e sempre tão imprescindível que não se compadece com a fuga para o mundo das acusações», sustentou esta sexta-feira, em Fátima.

Na abertura da 9.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, que reuniu mais de 150 pessoas para refletir sobre o tema "Culturas Juvenis Emergentes", o prelado sublinhou que «a praga social do desemprego, de crescente atualidade, na sua componente financeira, é particularmente grave quando atinge, em simultâneo, um casal com filhos pequenos».

A falta de trabalho coloca aos jovens «interrogações de sentido, compreensivelmente difíceis de ultrapassar», vincou o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, entidade responsável pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que organizou o encontro.

Deixar os jovens de fora da resolução dos seus problemas, nomeadamente o desemprego, «só servirá para prolongar um estilo de educação, que marcou a muitos de toda uma geração», frisou o responsável, que também denunciou o facilitismo das famílias e professores na educação da juventude.

Na intervenção de abertura do encontro, D. Pio Alves referiu-se à «educação familiar onde, com a melhor das intenções, estiveram ausentes os nãos» e onde «foram aplanadas as montanhas das dificuldades», «sistematicamente satisfeitas as vontades» e «os recursos financeiros não foram geridos com parcimónia».

«Acresce a este panorama, no mundo da escola, uma pedagogia que afinou, demasiadas vezes, por idêntico diapasão: o esforço não foi suficientemente valorizado ou até foi confundido com potencial elemento traumatizante; a aprendizagem assumiu contornos lúdicos que disfarçou a normal necessidade de trabalho para a consecução de metas; a reprovação, a que eufemística e significativamente se chama retenção, foi dificultada, escondida ou impossibilitada», assinalou.

Para o responsável, os «mais adultos» que fazem parte da família e do sistema de ensino contribuíram para uma formação «que não é, certamente, a mais adequada para enfrentar os tremendos desafios de uma sociedade que, entretanto, se desregulou, baralhou, faliu».

«Podemos e devemos, certamente, corrigir a mão e não abandonar os jovens à sua sorte. Mas não podemos substitui-los no imprescindível protagonismo que só eles podem assumir. Caso contrário, não faríamos mais que prolongar uma infantilização que os diminuiria na sua dignidade e não os tornaria atores da sociedade nova que, entre todos, teremos que reinventar», apontou.

A intervenção integral pode ser consultada em "Artigos relacionados".

 

Rui Jorge Martins
© SNPC | 25.06.13

Redes sociais, e-mail, imprimir

Foto

 

Ligações e contactos

 

 

Página anteriorTopo da página

 


 

Receba por e-mail as novidades do site da Pastoral da Cultura


Siga-nos no Facebook

 


 

 


 

 

Secções do site


 

Procurar e encontrar


 

 

Página anteriorTopo da página