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Religião não é gueto: Colóquio debate cruzamentos com «múltiplas modernidades»

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Religião não é gueto: Colóquio debate cruzamentos com «múltiplas modernidades»

A análise da “religião nas múltiplas modernidades” é o objetivo do colóquio que a 7 e 8 de junho reúne na Universidade Católica (UCP), em Lisboa, investigadores que têm estudado o cruzamento da religiosidade com variados âmbitos da vida humana, a partir da pesquisa de terreno, pesquisa documental e exploração teórica.

«Trata-se de um esforço de juntar investigadores que, a partir de diversas disciplinas, trabalham sobre a religião nos mais diversos lugares culturais da modernidade», sintetiza um dos membros da equipa coordenadora da iniciativa, Alfredo Teixeira, do Centro de Estudos de Religiões e Culturas da UCP.

«Como o cosmopolitismo, o conceito de múltiplas modernidades sublinha que existem alguns traços comuns a todas as sociedades “modernas”, que as demarcam das suas formas pré-modernas ou tradicionais. Mas esses traços definem-se em formas múltiplas e modalidades de institucionalização diversificadas», explica o texto de apresentação da iniciativa, extraído de uma obra de José Casanova.

Refugiados, discriminação religiosa, cinema, fado, secularização, dignidade feminina nos documentos da Igreja, peregrinos de Fátima e relação entre corpo e rito constituem os temas de algumas das conferências do encontro, que tem entrada livre, embora sujeita a inscrição.

O colóquio vai ser aberto pelo vice-reitor da UCP e diretor do Centro de Estudos de Religiões e Culturas, José Tolentino Mendonça, às 15h30, seguindo-se a intervenção da equipa coordenadora, composta por investigadores das universidades Católica, de Coimbra e Porto.

No primeiro painel, agendado para as 15h45, debatem-se “Conflitos, deslocações, discriminações”, com Marina Pignatelli (“Portugal na rota dos refugiados da Shoah: ‘communitas’ ou um não-lugar”) e José Pereira Coutinho (“Discriminação religiosa no mundo”).

O primeiro dia conclui-se com a mesa redonda “Memória, temporalidade, produções culturais”, em que intervêm, a partir das 17h15, Inês Gil, membro do Grupo de Cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (“O tempo desdobrado como revelação: uma antologia cinematográfica de 1920 até hoje”) e Alfredo Teixeira (“Memória religiosa e criação musical contemporânea: ‘artes de fazer’”).

“Semânticas religiosas, trajetórias sociais” é o tema do primeiro painel do dia 8, às 9h30, com Cátia Tuna (“Há modernidade na «religiosidade popular»? Resposta a partir das letras de fado da década de 1930”) e Steffen Dix (“A relação específica entre modernização e secularização em Portugal”).

A partir das 11h00 estarão em foco as “Dinâmicas sociais, produções institucionais”, com a participação de Paulo Fontes (“O movimento católico em Portugal na ‘era secular’”) e Helena Pratas (“Dignidade feminina no Magistério católico-romano recente”).

Teresa Líbano Monteiro (“Diversidade religiosa e relação com os animais: a questão ética”) e Helena Vilaça (“Modernidades e cristianismo(s) na cidade global”) compõem o painel “Ethos religioso, espiritualidade, cidade global”, com início previsto para as 12h10.

“Mediações, ritualidades, corpo” é o título do painel que abre a sessão da tarde, às 15h00, com Clara Saraiva (“Poderes e mediações nos cultos afro-brasileiros em Portugal: pontes atlânticas”), Anna Fedele (“Criatividade ritual na devoção dos peregrinos em Fátima”) e João Duque (“O corpo e o rito”).

A última mesa redonda, “Expansão, implantação, recomposição”, marcada para as 16h50, é constituída por Rita Mendonça Leite (“Portugal nos Arquivos da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (1804-1940)” e Hugo Gonçalves Dores (“Missões religiosas e as dinâmicas imperiais de Portugal em África (sécs. XIX – XX): percursos de investigação”).

A leitura das conclusões, agendada para as 18h00, marca o fim do colóquio "A religião nas múltiplas modernidades".

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 24.05.2016 | Atualizado em 27.04.2023

 

 

 
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Como o cosmopolitismo, o conceito de múltiplas modernidades sublinha que existem alguns traços comuns a todas as sociedades “modernas”, que as demarcam das suas formas pré-modernas ou tradicionais. Mas esses traços definem-se em formas múltiplas e modalidades de institucionalização diversificadas
“Semânticas religiosas, trajetórias sociais” é o tema do primeiro painel do dia 8, que debate “Há modernidade na «religiosidade popular»? Resposta a partir das letras de fado da década de 1930” e “A relação específica entre modernização e secularização em Portugal”
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