«A oração permite que a graça abra uma via de saída: do fechamento à abertura, do medo à coragem, da tristeza à alegria. E podemos acrescentar: da divisão à unidade», afirmou hoje o papa, no Vaticano.
As palavras de Francisco foram proferidas na missa evocativa das colunas da Igreja católica, os apóstolos S. Pedro e S. Paulo, durante a qual abençoou os pálios que serão usados pelos novos arcebispos.
Para o papa, a oração também previne uma «tentação que sempre existe na Igreja: a tentação de fechar-se em si mesma, à vista dos perigos».
«A oração, como humilde entrega a Deus e à sua santa vontade, é sempre a via de saída dos nossos fechamentos pessoais e comunitários», acrescentou Francisco.
Referindo-se a Paulo, o papa realçou a sua vida «toda em saída por causa do Evangelho: toda projetada para a frente, primeiro, para levar Cristo àqueles que não o conhecem».
Francisco saudou os «irmãos» da Delegação enviada pelo amado Patriarca Ecuménico Bartolomeu para participar na solenidade dos padroeiros de Roma, que constitui «a festa de comunhão para toda a Igreja».
A Eucaristia foi concelebrada por arcebispos metropolitas, que se deslocaram à basílica de S. Pedro para a bênção dos Pálios, que lhes serão impostos nas suas respetivas sedes pelos representantes do papa.
Insígnia colocada por todos os arcebispos nas celebrações mais solenes, o pálio é uma tira de lã branca, com seis cruzes negras, imposta sobre os ombros, deixando duas faixas pendentes sobre o peito e uma sobre as costas.
O pálio é imposto como sinal da autoridade metropolitana e símbolo de unidade e estímulo de fortaleza.
Rui Jorge Martins