Música
Concertos a seis órgãos regressam à basílica de Mafra
A basílica do palácio nacional de Mafra recebe a partir de março o 4.º ciclo de concertos a seis órgãos, composto por 10 atuações que decorrem no primeiro domingo do mês, às 16h00.
João Vaz é o responsável pela direção artística, enquanto que as peças são interpretadas por Sérgio Silva (órgão do Evangelho), Isabel Albergaria (Epístola), David Paccetti Correia (S. Pedro d'Alcântara), Margarida Oliveira (Sacramento), Diogo Rato Pombo (Conceição) e Daniela Moreira (Santa Bárbara).
Os concertos, com aquisição obrigatória de bilhete, realizam-se a 2 de março, 6 de abril, 4 de maio, 1 de junho, 6 de julho, 3 de agosto, 7 de setembro, 5 de outubro, 2 de novembro e 7 de dezembro.
O que faz dos órgãos de Mafra «um conjunto único não é o seu número – já de si notável – mas o facto de terem sido construídos ao mesmo tempo e de terem sido concebidos originalmente para tocar em conjunto», refere o site do palácio.
«Os seis instrumentos foram construídos pelos dois mais importantes organeiros portugueses do seu tempo – António Xavier Machado e Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes – tendo sido terminados entre 1806 e 1807.
Pouco depois da sua conclusão, as invasões francesas e o subsequente exílio da corte portuguesa no Brasil levou a um certo declínio no uso dos instrumentos. Uma década mais tarde – possivelmente em conexão com a perspectiva do regresso da Família Real – os seis órgãos foram sujeitos a uma intervenção profunda.
Até 1998 os órgãos foram sujeitos apenas a intervenções superficiais. O restauro global do conjunto, confiado ao organeiro português Dinarte Machado, começou naquele ano e foi concluído em 2010.
Os seis órgãos (dois na Capela-Mor, dois no transepto Norte e dois no transepto Sul), embora diferentes entre si, têm várias características comuns. Algumas, como as palhetas horizontais ou o teclado dividido, são frequentes entre os instrumentos ibéricos da época. Outras, como as palhetas de ressoador curto, a "Voce umana" italiana e especialmente o someiro duplo (que permite a rápida anulação dos registos do "cheio"), são típicas da escola de Cerveira e Fontanes.
Da colecção de manuscritos da Biblioteca de Mafra faz ainda parte um importante núcleo de partituras de importantes músicos portugueses como João de Souza Carvalho, Marcos Portugal ou ainda João José Baldi, entre outros, expressamente escritas para os seis órgãos da basílica.»
Palácio Nacional de Mafra
Com SNPC/rjm
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13.02.14
Reserva de bilhetes e informações: telef.: 261 817 550; endereço eletrónico: geral@pnmafra.dgpc.pt