A fundação italiana Frate Sole abriu as inscrições para a sexta edição do Prémio Internacional de Arquitetura Sagrada, dirigido a quem tenha realizado o projeto de uma igreja no decurso da última década, a partir de 4 de outubro de 2006, no âmbito das confissões cristãs.
O galardão no valor total de 30 mil euros, atribuído a cada quatro anos, distingue o projetista, ou projetistas (o prémio pode ser dividido), que tenha «contribuído de maneira determinante para a significação do sagrado na arquitetura cristã contemporânea», explica a página do organismo.
«As obras apresentadas devem comunicar qualidades expressivas de valores místicos, harmonia e beleza das formas, originalidade e força criativa na concepção arquitetónica, dando ao edifício uma alta atmosfera de espiritualidade, expressão de corajosa e apaixonada pesquisa inovadora, para além de qualquer forma de convencionalismo», refere o regulamento.
As candidaturas podem ser remetidas através de formulário até 15 de abril, os resultados serão anunciados até 30 de junho, e a cerimónia de entrega dos prémios decorre na cidade italiana de Pavia a 4 de outubro, data em que a liturgia católica evoca a memória de S. Francisco de Assis.
Entre os vencedores inclui-se o arquiteto português Álvaro Siza, no ano 2000, pelo complexo paroquial de Marco de Canavezes.
Na edição mais recente, em 2012, os jurados receberam 116 projetos, provenientes de 30 países. O primeiro prémio foi para Cristian Undurraga, autor da Capela do Retiro, em Auco, a 70 km de Santiago do Chile, e o segundo foi atribuído ao português João Luís Carrilho da Graça, pela igreja de Santo António, em Portalegre.
O presidente do Conselho Pontifício da Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, é um dos membros da Comissão de Honra da fundação.
Os projetos finalistas do prémio internacional de 2008 foram dados a conhecer em Lisboa e Porto, no ano de 2011, através do Grupo de Arquitetura do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
A Fundação Frate Sole «foi criada com o fim de desenvolver una ação de consciencialização e promoção no âmbito da "igreja construída", para que sejam implementadas as qualidades artísticas e místicas encaminhadas a tornar o espaço sagrado num lugar de exaltação espiritual».
Rui Jorge Martins